Pesquisadora montes-clarense desenvolveu um leite fermentado com microrganismos vivos benéficos à saúde humana a partir de queijos artesanais do Norte de Minas, resultado de pesquisa de Mestrado em Produção Animal no campus da UFMG em Montes Claros.
O produto probiótico é rico nutricionalmente e oferece benefícios como melhora da imunidade e complemento de vitaminas, além de ser de baixo custo. O grande diferencial é que o probiótico possui bactérias isoladas de queijos artesanais da região do Norte de Minas.
A pesquisadora responsável pelo projeto foi a nutricionista Amanda Cristina Mendes Gusmão, de 27 anos. Ela conta que a ideia surgiu depois que uma colega comprou um queijo da região do Norte de Minas e desenvolveu uma dissertação, na qual ela isolou as bactérias para identificar se algumas delas eram probióticas.
“Na análise ela identificou duas matérias caracterizadas como probióticos, então eu utilizei essas duas matérias e desenvolvi um leite fermentado. Analisei bastante o potencial tecnológico, se as bactérias conseguiam ficar vivas com abundância com a quantidade recomendada até ao prazo de validade que é de 21 dias e também se ela tinha o poder de fermentar o leite. Defendi a minha pesquisa em outubro de 2019 e deu tudo certo”, falou Amanda.
Ainda segundo Amanda Cristina, a pesquisa durou cerca de cinco meses e foram avaliadas 15 amostras de queijos da região; as bactérias encontradas foram isoladas e apresentaram resultados positivos em todos os testes, apontando que o produto está apto para o consumo humano.
“Uma das bactérias encontradas é da espécie Lactobacillus rhamnosus e a outra é da Lactobacillus plantarum, ambas apresentam vários benefícios, como a diminuição de colesterol, efeito anticarcinogênico, melhora de constipação intestinal, tratamento de diarreias, dentre outros”, afirmou ela.
Qualquer pessoa pode tomar o leite, desde criança até um idoso, não há nenhuma restrição e já pode ser comercializado. Empresas interessadas em fazer a produção do produto, é só entrar em contato com a nutricionista pelo número (38) 99915-4355.
**Escrito pela repórter Letícia Fernandes