Jornalista que fez acusações contra funcionárias do Cisrun e Amams em grupo de Whatsapp é obrigado a fazer retratação, em Montes Claros

O jornalista Fábio Henrique Carvalho Oliva foi orientado pela justiça, na tarde desta sexta-feira (31 de janeiro), a publicar em um grupo de WhatsApp uma retratação para onze funcionárias das empresas Cisrun Macro Norte e Amams em Montes Claros, no Norte de Minas, após deferir acusações afirmando a existência de um esquema de prostituição envolvendo pessoas vinculadas a essas empresas.

O fato ocorreu no ano de 2017, quando o profissional publicou um texto afirmando que “Há um enorme esquema de prostituição de luxo implantado. Diversas amantes de políticos, entre eles prefeitos, deputado e até um juiz, foram alojadas nas folhas de pagamentos destas entidades” diz a publicação.

No texto, o jornalista ainda diz que “em troca de favores sexuais , recebem salários nunca inferiores a R$ 3 mil por mês”.

De acordo com a Advogada Roberta Aquino, onze mulheres decidiram processar o profissional após a veiculação destas informações falsas. Mas as partes decidiram, em acordo judicial, que o jornalista Fábio Oliva realizasse uma retratação no mesmo grupo na qual ele teria feito as acusações sem fundamentos.

A advogada ainda destaca a importância dos cuidados ao publicar nas redes sociais, uma vez que, a falsa sensação de anonimato que a Internet proporciona, faz com que muita gente poste textos, sem poupar nos insultos contra aqueles que os não agrada.

“Então, nesse sentido é importante ressaltar que as pessoas devem ter o cuidado de falar, e evitar denegrir e expor as imagens de pessoas, principalmente profissionais, pois a ação pode causar uma má impressão. Muitas pessoas entendem que por ser rede social, seja ela, Facebook, Instagram ou outra, que não cria nenhuma responsabilidade pelo que se fala ou divulga, mas elas são sim responsáveis e a Justiça está aí pra poder demonstrar isso. Foi uma vitória sim, porque nós conseguimos essa retratação do Fábio Oliva, que demonstrou que o que ele falou não condizia com a verdade”, explica.

Retratação

Segundo a advogada o processo foi por danos morais, uma ação de responsabilidade civil em razão das informações inverídicas veiculadas. A retratação foi realizada nesta sexta- feira às 15:17.