A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) deu início na semana passada às primeiras tratativas para viabilizar a recuperação dos poços artesianos espalhados pela área de atuação da autarquia no Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha. Estima-se que mais de 100 mil pessoas devam ser beneficiadas nestas regiões. “O objetivo é ampliar o acesso da população, sobretudo da região do semiárido, à água em quantidade e qualidade adequadas para a manutenção da vida e do bem-estar humano, além do uso, em menor escala, para atividades econômicas”, explica o coordenador-geral de estudos e pesquisas da Sudene, Robson Brandão, em nota encaminhada à imprensa.
A medida é um dos esforços da autarquia federal para cumprir os objetivos previstos no eixo de segurança hídrica e conservação ambiental do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste, incluindo o Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha. A instituição busca, agora, garantir recursos para o início do projeto, estimados em R$ 20 milhões, e celebrar, junto à Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), um termo de execução descentralizada.
Os locais para intervenção das melhorias dos poços artesianos deverão ser indicados por meio de dados do sistema de águas subterrâneas da CPRM. A qualidade da água obtida e o nível de dependência das comunidades rurais ao abastecimento por meio de carros pipas também são parâmetros a serem considerados para a estruturação das atividades.
Na mesma nota, o superintendente da Sudene, Douglas Cintra, garante que “isso fará uma diferença grande para cada comunidade próxima aos poços. E a iniciativa está alinhada com um dos propósitos fundamentais do nosso plano regional, que é dar segurança hídrica e potencializar a agricultura irrigada, valorizando nossa produção, nas áreas de atuação da Sudene”. O gestor afirma, ainda, que vai esforçar-se para garantir, os recursos necessários durante a chamada readequação orçamentária dos recursos da União, que deve ocorrer até fevereiro.
Fonte: Ascom Sudene