O ano mal começou e as polêmicas políticas já aparecem no Norte do Estado de Minas Gerais. Denunciado de assumir cargo público,com processo judicial por crimes que vão contra a fé pública e uso de documentos falsos, o jornalista Eduardo de Jesus Vieira foi empossado, na última segunda-feira (20 de janeiro), como assessor da Câmara Municipal de Vereadores da cidade de Bocaiuva.
De acordo com a consulta realizada no processo em andamento, o crime ocorreu durante o ano de 2016, durante mandato do ex-prefeito Ricardo Veloso. Na época ele chegou a ser conduzido para a delegacia e foi preso preventivamente, mas foi liberado após pagar fiança.
Segundo o presidente da Câmara Pedro Neves do Santos (PDT), a decisão partiu dos vereadores e ainda, segundo ele, todos concordaram com a decisão: “o pedido foi do vereador Beto Ferreira (DM) à Câmara de Vereadores e todos os parlamentares estavam de acordo”
Em entrevista a equipe do Portal Web Terra, o assessor alega que o processo não impede que ele exerça as suas funções jornalísticas na atual gestão da Câmara. “Eu não fui a única opção de escolha para o cargo de assessor. De fato, outras pessoas foram escolhidas, mas por motivos pessoais não aceitaram. Além disso, este processo não me impede de exercer minhas atividades como jornalista profissional”, explica.
Ele ressalta ainda que esse processo é julgado devido a uma empresa de informática que ele tinha na época. Informou que a empresa prestou todos os serviços quando solicitado.
Segundo o vereador Ramon Morais (SD), ele tinha total ciência de que o assessor estaria respondendo a um processo, mas que não sabia a finalidade. Ele ressaltou que toda decisão foi em conjunto e o fato do processo não ter sido julgado ainda, ele continua apto a ocupar o cargo comissionado.
“A decisão foi tomada por parte dos vereadores juntamente com presidente da Câmara. Até que se prove o contrário ele é intermitente julgado, porque o processo não foi transitado e julgado.”
Juridicamente o profissional realmente pode ocupar o cargo. Nada ilegal foi detectado no caso, apenas o questionamento por parte de moradores da cidade que se mostram indignados devido a repercussão do fato ocorrido em 2016. “A contratação dele pode ser legal, mas é imoral”, diz o norte-mineiro R. D. S. M, que trabalhou com vendas na época do escândalo que assustou a população bocaiuvense.
** Nota de correção: anteriormente teríamos dito que o nome do presidente da Câmara era o vereador Nésio Leite da Fonseca, mas o atual presidente chama-se Pedro Neves do Santos, eleito em 20 de dezembro de 2019. Atualizado às 11h.