De acordo com a pesquisa do Instituto Pró-Livro (IPL), o hábito da leitura está presente na vida de 56% da população brasileira. A metodologia do estudo considerou o indivíduo que leu, ao menos, um livro a cada três meses. Já uma pesquisa inédita sobre os hábitos culturais dos moradores de 12 metrópoles brasileiras, realizada pela JLeiva Cultura & Esporte, deu a Salvador o título de cidade que mais lê. Assim, a capital da música foi considerada, também, como a capital da leitura, ficando quatro pontos acima da média das cidades avaliadas.
Ler traz diversos benefícios, como o estímulo à atividade cerebral e à criatividade, incitação ao senso crítico e redução do estresse, além de ser uma ótima fonte de conhecimento. Conforme a 4ª pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, desenvolvida pelo Instituto Pró-Livro, entre as principais motivações que impulsionam os leitores brasileiros estão: o gosto pela leitura (25%), atualização cultural (19%), distração (15%), motivos religiosos (11%), crescimento pessoal (10%), exigência escolar (7%) e atualização profissional ou exigência do trabalho (7%).
Para a relações-públicas Gabriele Silva, 25, o incentivo veio ainda na infância. “Eu me recordo que, quando era pequena, uma vizinha me emprestou um livro e, a partir de então, adentrei cada vez mais no mundo da leitura. Inicialmente, essa vizinha foi minha incentivadora porque me emprestava vários livrinhos. Sou muito grata”, conta Gabriele.
Já a bióloga e escritora Carla Chastinet acreditava que os artigos científicos que escrevia ficavam entre os próprios colegas do universo acadêmico. Então, movida pela vontade de levar a biologia para sociedade, ela descobriu a literatura infantil. Seu mais recente livro “O rio que sentia cócegas” fala da transformação que acontece com um rio e que afeta a vida de todos nós. “Acho que as crianças têm maior sensibilidade para poder fazer com que os adultos compreendam a importância da natureza. Elas também serão nossos futuros adultos e, quanto mais cedo elas começarem a ter essa sensibilidade, a natureza tem maior chance de ser preservada”.
Para a escritora, cada leitor entende a história do seu jeito, o que a torna mais rica. “O bonito da história é a gente contar sem explicar nada, deixar cada um escolher a sua mensagem. As histórias tocam as pessoas de maneiras diferentes”.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil.