Não é de hoje que vemos em noticiários e redes sociais histórias de animais abandonados, que sofreram maus tratos ou que simplesmente foram encontrados feridos. Bidu, como foi batizado carinhosamente, é um exemplo dessa situação mas que felizmente contou com a solidariedade de um casal montes-clarense que o salvou cachorro à beira da morte.
Gabriela Brito, de 21 anos, conta que há cerca de um mês estava na casa do namorado Matheus Cardoso, de 20 anos, no Bairro Nossa Senhora das Graças, quando receberam a notícia por conhecidos que próximo a casa do namorado havia um cachorro aparentemente ferido caído no chão. Eles foram até o local onde encontraram o animal numa situação crítica.
“Quando encontramos ele ali caído, até tentamos retirá-lo mas não conseguimos, pois ele sentia muitas dores. Como o sol estava muito forte, fizemos uma cobertura com umas telhas velhas para amenizar o sofrimento dele e começamos a pensar em como poderíamos ajudar o Bidu”, diz Gabriela
Segundo Gabriela, Bidu estava com a cara toda inchada e sangrava pela boca, a princípio também acharam que poderia está com a pata quebrada, possibilidade que foi descartada posteriormente. Como não tem condições de custear o tratamento veterinário do animal, o casal resolveu buscar ajuda pelas redes sociais e por telefone.
“Após a divulgação do caso começou uma grande corrente, liguei para várias pessoas, postei em redes sociais para ver se conseguia mais pessoas para nos ajudar. Eu fui surpreendida ao receber ligações de várias pessoas dispostas a ajudar que realizaram depósitos para que pudêssemos levar o animal até o veterinário. Até pessoas de outras cidades se sensibilizaram com a história e doaram para ajudar no tratamento de Bidu”, ressalta Gabriela.
Corrida contra o tempo
Como Gabriela e Mateus estão desempregados, eles se mobilizaram para conseguir arrecadar dinheiro para fazer o resgate do cachorro. Assim que receberam algumas doações, o casal levou o animal até um veterinário, onde ele precisou ficar internado por cerca de 20 dias, com diárias que custaram cerca de R$100.
“Tinha dia que eu e Mateus íamos dormir sem um real no bolso, preocupados se iríamos conseguir o dinheiro no outro dia para está pagar as diárias e as demais coisas que ele precisasse, mas graças a Deus que até o dia que ele ficou internado nós conseguimos pagar. Tivemos a ajuda de muitas pessoas e que estão nos ajudando até hoje”, fala.
Bidu teve uma fratura na asa do atlas e não consegue se levantar e devido a isso, diversas feridas estão aparecendo pelo corpo do animal que precisa urgentemente fazer uma tomografia em Belo Horizonte, para saber realmente o ponto certo onde está a fratura e a gravidade para assim iniciar o tratamento adequado.
“Durante o tempo que Bidu ficou na clínica ele teve uma melhora significativa e tivemos que tirá-lo do hospital, pois os recursos financeiros foram acabando. Hoje o Bidu está em um lar temporário. Inicialmente pensamos que o quadro do Bidu fosse desidratação e anemia, além das feridas, mas com o passar do tratamento fomos percebendo que ele não andava e que tinha algo de errado principalmente com o pescoço, pois ficava somente em uma posição. Com isso foram feitos exames de Raio-x para detectar possíveis lesões. E assim foi detectada uma fratura na asa do atlas. Levamos então o Bidu para um veterinário ortopedista para termos um diagnóstico mais preciso do caso. No entanto, com os exames feitos aqui em Montes Claros não é possível visualizar precisamente o caso dele para indicar o tratamento ideal ou até mesmo uma cirurgia, teríamos que fazer uma ressonância que tem apenas em Belo Horizonte”, conta Gabriela.
Como ajudar Bidu
De acordo com o casal, as pessoas que se sensibilizar com o caso e tiver algum intuito de ajudar, seja com doação de dinheiro, com o transporte até a capital ou até mesmo conseguindo o exame e a clínica para está realizando o tratamento, podem entrar em contato com a Gabriela e o Mateus pelos telefones (38) 9.9162-4726 / 9.9978-4741 ou 9.9978-4741.
Uma vaquinha online também foi feita para ajudar nas despesas com Bidu. O valor definido, de R$ 7 mil, segundo Gabriela é para custear os exames e uma possível cirurgia.
Estagiário Dihemeson Faria, sob supervisão do editor.