Sinônimo de boas lembranças de início, sinal de dor de cabeça ultimamente. Qualquer que seja a competição eliminatória, enfrentar o Botafogo recentemente tem sido sinônimo de eliminação para o Galo.
Algo que o grupo atual, de Rodrigo Santana, tenta mudar a partir de hoje, às 21h30, no Engenhão, quando os dois alvinegros se enfrentam pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana.
E uma missão que se complicou um bocado diante do desfalque de última hora no time mineiro. Acostumado a regular diante da equipe de General Severiano, com cinco gols em oito partidas, o equatoriano Juan Cazares sequer viajou ao Rio de Janeiro, com um quadro de conjuntivite nos dois olhos.
Mais uma mudança em um setor importante que Santana é obrigado a fazer. O Galo que entra em campo diante do Fogão traz novidade também no gol, com Cleiton confirmado na vaga do contundido Victor. Durante os treinos da semana, o jogador tranquilizou a torcida e garantiu que mostrará personalidade diante de um adversário que conta com opções ofensivas perigosas. Duas delas, aliás, bastante conhecidas do time mineiro: Érik, de passagem mais recente (e que tem feito mais jogando no time carioca) e Diego Souza.
Opções
Pelo lado do Galo, a ausência de Cazares – que terá na partida de volta a oportunidade de ampliar seu retrospecto positivo no confronto –, apenas aumenta as opções de um quebra-cabeças ofensivo ainda não confirmado pelo treinador. A queda de rendimento de Alerrandro nas últimas partidas sugere que Ricardo Oliveira voltará a ser o homem de referência no ataque. Já na vaga de Cazares, favoritismo de Geuvânio que, de todo modo, modificaria o posicionamento em campo – Otero assumiria a missão de armar jogadas centralizado, com o ex-santista e Chará abertos pelos lados do campo.
Escrita
Para o Galo, levar a melhor no duelo e avançar na disputa internacional representa dar fim a 25 anos de ‘freguesia’. Desde que avançou às semifinais do Brasileiro de 1994 (na era dos mata-matas), os mineiros não conseguem levar a melhor sobre o time da Estrela Solitária numa disputa eliminatória.
Desde então, os cariocas levaram a melhor nos cinco duelos. Começando pelo das quartas de final da Copa do Brasil de 2007, marcado pelo pênalti de Alex Bruno em Tchô não anotado por Carlos Eugênio Simon no palco da partida de hoje.
No ano seguinte, dois encontros com o mesmo desfecho: novamente pelas quartas da Copa do Brasil e pela primeira fase da Sul-Americana. Nela, o Botafogo se classificou vencendo as duas partidas (3 a 1 em casa e 5 a 2 no Mineirão).
Os dois se cruzariam novamente em 2011, outra vez pela Sul-Americana, repetindo o enredo: dois triunfos botafoguenses e a classificação. Em 2013 e 2017, oitavas e quartas da Copa do Brasil e adeus do alvinegro de BH.
Como diriam os filósofos do futebol, escrita existe para ser quebrada. Que comece então hoje.
Fonte: Hoje em Dia.