Começou nessa segunda-feira (1º de junho) e prossegue até 15 de setembro o período do vazio sanitário da soja em todo o estado. A partir deste ano, a fiscalização terá 77 dias, conforme mudança oficializada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). O novo prazo foi uma solicitação do setor produtivo da soja, que agora ganha mais tempo para o plantio. Anteriormente, o vazio era de 90 dias.
Durante o vazio sanitário da soja, fica proibido o cultivo da planta. O IMA estima fiscalizar, em 2019, aproximadamente 800 propriedades em todo o estado, principalmente nas regiões Noroeste, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, que concentram o maior volume de produção do grão. As fiscalizações serão frequentes também nas áreas de abrangência das coordenadorias regionais do IMA em Montes Claros, Passos, Oliveira e Varginha.
O fiscal agropecuário do IMA, o engenheiro agrônomo Wagner Machado, explica que, no período em que vigora o vazio sanitário as propriedades, ficam livres dos hospedeiros (plantas de soja), diminuindo a incidência da praga na próxima safra.
No período de fiscalização, ao constatar a presença da planta na propriedade, o IMA notifica o produtor para fazer a sua erradicação em até 10 dias. No retorno após esse prazo, caso a plantação não tenha sido eliminada, o produtor estará sujeito a multa de 1,5 mil Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs), o equivalente a R$ 5.389,80.
O vazio sanitário da soja foi instituído em 2007 e está normatizado pela Resolução nº 1.393/2015 da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). O objetivo é prevenir e controlar a ferrugem asiática, doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, que destrói as plantas infectadas com prejuízos para os produtores em até 80%, causando impacto negativo para a economia e para o abastecimento do mercado.
Soja no estado
Minas Gerais ocupa a sexta posição no ranking nacional de produção de soja, com previsão de 5 milhões de toneladas para este ano, em uma área de 1,6 milhão de hectares, de acordo com a Seapa.