O desempenho do Partido Novo surpreendeu até os militantes mais otimistas. A legenda elegeu Deputados Federais e Estaduais por todo país sem utilizar fundo partidário e coligações pluripartidárias. Os princípios do Partido Novo saltam os olhos dos eleitores mais atentos, um governador não fazer uso do palácio por exemplo é algo inimaginável até algum tempo. E foi com propostas assim que o Novo desbancou o PT em Minas. Neste segundo turno das eleições os mineiros estão com um bom dilema em mãos. De um lado um Professor, Ex-Governador e Senador da República. Do outro, um empresário bem sucedido e com ideias inovadoras.
Boas propostas e pensamentos visionários a parte, as equipes de comunicação já começaram os ataques de desconstrução, como é peculiar para um segundo turno. A campanha de Romeu Zema (Novo) reforça a imagem de Anastasia como político antigo, que faz alianças fisiológicas e “politicagens” para garantir um bom desempenho eleitoral. O Novo também aposta em explorar um “anti-PSDBismo” que na minha opinião não é uma estratégia muito assertiva. Isto porque ao contrário do Partido dos Trabalhadores, não existe um sentimento de repudia personificado na sigla PSDB e sim nos políticos tradicionais como é o caso do Senador Aécio Neves e de outros nomes do partido estão envolvidos em denúncias de corrupção.
A campanha de Anastasia por sua vez, quer associar Zema ao estigma de capitalista industrial, o personificando como patrão impiedoso que não pensa nos funcionários e enxerga o lucro a qualquer custo, e Zema deu munição para tal. Durante entrevista a uma rádio, Zema comete a infelicidade de dizer que em determinadas regiões do estado seria possível contratar uma empregada doméstica pagando apenas R$ 300,00 por mês. Não sei o contexto da declaração, mas a frase não pega bem para um candidato ao Governo Estadual.
O PSDB também usa o horário político para relembrar seus feitos enquanto governou Minas e reforçar que o candidato do partido é o único que tem experiência para colocar o estado nos eixos.
Penso que independente do vencedor no próximo dia 28, Minas Gerais passará por uma mudança e para melhor. Enxergo nos dois candidatos um governo mais austero e responsável com as contas públicas. Que valoriza o servidor e terá como meta o pagamento em dia dos salários, que não faz alinhamento ideológico nem coloca em outrem a culpa pelo desgoverno.