A Polícia Federal (PF) em Montes Claros identificou uma organização criminosa que fraudou cerca de R$27 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador, através de saques fraudulentos do Abono salarial e do Programa de Integração Social (PIS).
Iniciada há sete meses a PF cumpriu 11 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão nesta segunda-feira (1º) na Operação XIV que contou com o apoio do Ministério do Trabalho e Emprego e da Caixa Econômica Federal. Expedidos pelo Juiz Federal Leônder Magalhães da Silva, da 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária Federal de Montes Claros, sendo quatro mandados de prisão preventiva e sete temporárias, também foi determinado pela Justiça o imediato bloqueio de 10.330 números do (PIS) utilizados para as fraudes.
Até o momento foram identificados 28.375 vínculos de emprego declarados criminosamente nos últimos nove anos, acarretando na geração de um salário mínimo para cada. A fraude ocorreu em mais de 100 empresas que tinham seus dados utilizados indevidamente para o encaminhamento de Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) falsificadas, declarando ao Ministério do Trabalho anualmente relações de pessoas que efetivamente não trabalharam nas empresas. Do total que constavam como trabalhadores, cerca de 70% corresponde a pessoas já falecidas.
Os mandados judiciais foram cumpridos nas cidades de Grão Mogol, Itacarambi, Corinto, Contagem, Belo Horizonte, Brumadinho, Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Juatuba e Esmeraldas. As penas podem chegar até 14 anos de prisão.
