Vereador demonstra indignação e chama de irresponsabilidade do governo do estado finalizar rodízio em período sem chuva

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O Vereador Edmilson Magalhães (PSDB) usou a tribuna na manhã de quinta-feira (27) para se posicionar sobre a suspensão do rodízio hídrico em Montes Claros implantado pela Copasa que já dura três anos. Conforme o parlamentar, o governo tomou a decisão em momento crítico de seca apenas para tirar proveito político.

O vereador desde o inicio da divulgação da suspensão do rodízio tem se demonstrado preocupado com a situação, segundo ele a decisão de encerrar o racionamento de água é covarde e comprova a total irresponsabilidade de um governo inoperante e sem preocupação com a população da maior cidade do norte de Minas, e muito menos com o povo norte-mineiro, uma vez que Montes Claros é uma cidade referência para toda região, além dos vales do Jequitinhonha, Mucuri e sul da Bahia.

“A população de Montes Claros está indignada, assim como eu. Caso não chova até janeiro ficaremos sem água. A decisão foi tomada meramente política, não foi técnica. Por mais que os diretores afirmem que foi realizado um estudo com dados técnicos, todos sabem que não foi. A barragem está com 26%, o Rio Pacuí já não tem água, então não existe nenhum documento que dê garantias que resulte em segurança para população montes-clarense” pontua o vereador.

O vereador encaminhou uma menção de repudio ao Governo do Estado e a Copasa, ele ainda chama de utopia a propaganda que informa sobre a suspensão do rodízio.

“Não estamos condenando os funcionários da Copasa local, mas não podemos entrar nessa onda de acreditar que tudo se resolveu por causa de uma irresponsabilidade do governo Pimentel em determinar para que encerrasse o racionamento de água no município. O governo está gastando milhões com publicidade em horários nobres na televisão para falar que o racionamento acabou, mas na mesma publicidade faz um alerta para que a população economize porque o desabastecimento poderá voltar. Se a própria peça publicitária diz isso é porque não tem garantia técnica de que teremos água por mais 12 meses sem interrupções”, ressalta Edmilson.

Durante a audiência pública realizada na Câmara Municipal de Montes Claros, o Procurador Geral do Município, Otávio Batista, solicitou da Companhia de Saneamento de Minas Gerais garantias sobre o fim do racionamento e destacou que o poder executivo não teve acesso aos dados técnicos a respeito do encerramento do desabastecimento de 48h que estava em vigor desde 2017 em Montes Cleros e afirmou que talvez houve uma possível relação de má fé em não informar ao município sobre a decisão.

“Não podemos afirmar que tudo está seguro, precisamos que seja formalizado para que em caso de interrupções no abastecimento alguém seja responsabilizado. Porque o sistema depende do período chuvoso, mas a chuva ainda não chegou e às vezes nem vem. Caso isso aconteça passaremos apuros. Temos uma empresa com desejo de se instalar em Montes Claros com investimento de mais de R$200 milhões, porém existe receio por parte dos empresários devido à questão do fornecimento de água. Precisamos de uma garantia sobre a responsabilidade da Copasa” finaliza o Procurador.