Dra Anne NefrologistaO diagnóstico precoce e a abordagem dialítica foram determinantes para salvar a vida de um recém-nascido. O relato faz parte do estudo de caso da médica do Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF/Unimontes), Anne Caroline Bicalho Fagundes, apresentado recentemente pela profissional no XVIII Congresso Brasileiro de Nefrologia Pediátrica, em Curitiba/PR. No caso raro, denominado “Síndrome de Townes Brocks”, o diagnóstico foi elucidado na unidade de saúde.
Segundo a nefrologista pediátrica (FOTO), o paciente com 28 dias de vida tinha um quadro de malformações, além de insuficiência renal congênita grave, com necessidade de diálise.
“O bebê foi admitido no Hospital com um quadro de desidratação e insuficiência respiratória. Apresentava ainda malformações em orelhas, polegares, cardiopatia e, durante a investigação do aparelho geniturinário, foi identificada hipodisplasia renal bilateral com insuficiência renal terminal”, relata a profissional.
A médica ressalta ainda que, durante o atendimento, a suspeita clínica e a busca pelo acometimento renal foram fatores essenciais para definir a conduta imediata de iniciar a diálise de urgência.
“Neste paciente, devido à tenra idade, optou-se pela diálise peritoneal, realizada na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica do HUCF, procedimento responsável por garantir a sobrevivência da criança, haja vista que a insuficiência renal era o fator de ameaça à vida do bebê”, explica.
Ampliação
Ainda de acordo com a médica Anne Caroline Fagundes, a implantação da diálise aguda na unidade tem sido um desafio diário e uma meta, assim como os planos para realização de diálise crônica num futuro próximo. “Essa medida visa ampliar a capacidade de assistência completa aos pequenos pacientes nefropatas, haja vista que o hospital já disponibiliza um ambulatório de nefrologia pediátrica no Caetan”, acrescenta.
