Pela valorização, respeito e defesa da vida, a Igreja Adventista e Escola Adventista promovem o Projeto “Quebrando o Silêncio”, que neste ano, tem por objetivo conscientizar a população em geral os cuidados com a saúde emocional e prevenindo, por exemplo, a depressão que pode levar o suicídio.
No mundo, o suicídio acomete mais de 800 mil pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). É a segunda causa de morte no planeta entre jovens de 15 a 29 anos — a primeira é a violência. Já no Brasil, em 2015, o suicídio foi a quarta causa de morte nessa mesma faixa etária, ficando atrás de violência e acidente de trânsito, de acordo com os dados do Ministério da Saúde.
Conscientização x mobilização
E na quinta-feira, dia 30 de agosto, às 11h, alunos da escola adventista estarão participando de uma série de palestras com tema voltado para a Valorização da Vida. Serão trabalhados com os alunos os cuidados no uso das redes sociais, e os perigos ao entorno do uso excessivo que pode levar tendências depressivas.
Já no sábado 01 de setembro, voluntários da Igreja Adventista realizam uma passeata na região central da cidade, saindo da Praça Coronel Ribeiro a partir das 9h em direção à Praça Doutor Carlos, onde vai acontecer uma ação global, com atendimentos nas áreas de saúde, psicologia, massoterapeuta e jurídica.
Andreia Luna líder do Ministério das Mulheres, Crianças e Adolescentes para as regiões Norte e Noroeste de MG, destaca a relevância do projeto, segundo ela é imprescindível este tipo de campanha de prevenção do suicídio.
“Medidas preventivas devem ser desenvolvidas, e o Quebrando o Silêncio é um forte instrumento neste sentido, a Igreja Adventista tem um papel social que é levar uma mensagem de esperança para as pessoas e mostrar para a sociedade que devemos discutir este tipo de assunto nas igrejas, famílias e na comunidade em geral”, afirma Luna.
Comportamentos
Um dos comportamentos que pode originar doenças emocionais e mudar o comportamento principalmente das crianças é o bullying, considerado comportamento agressivo, intencional e freqüente, em que o agressor está numa posição assimétrica em relação à vítima, seja por ser mais forte, maior, ou ter alguma ascendência sobre o abusado.
O psicólogo Alexandre Ramos, que vai ministrar a palestra sobre o tema em questão, revela alguns dos sintomas do cyberbullying como, por exemplo: problemas de ordem sociais, emocionais, cognitivos, gerando baixa auto-estima, ansiedade, depressão, dificuldades no aprendizado, isolamento e solidão.
Nesses casos, a vítima conhece o agressor e se sente ameaçada na presença dele. Se o bullying é limitado em termos de tempo e espaço, o cyberbullying, não. Ele também não envolve necessariamente uma relação assimétrica entre agressor e vítima; na verdade, eles costumam nem se conhecer.
Porém, é exatamente o anonimato que torna o cyberbullying geralmente mais hostil, e a exposição nos meios digitais favorece a propagação e a visibilidade dessas ofensas.
Por isso, via de regra, a qualidade dos relacionamentos, a prática de atividades físicas, uma alimentação saudável, a satisfação com o trabalho e o cuidado com as emoções e a espiritualidade determinam se o uso da tecnologia será equilibrado ou não. Problemas como este, podem afetar emocionalmente as crianças, e mesmo os adultos, gerando uma série de situações.
“O tema suicídio é a segunda causa de morte no mundo entre jovens na faixa etária de15 a 29 anos. O Quebrando o Silêncio como fundamental e essencial pois através dele, pode ser multiplicar conhecimentos, conscientizar e chamar a atenção da sociedade sobre a gravidade da situação”, frisa Alexandre.
Entidade parceiras: CVV- Centro de Valorização da Vida
Defensoria Pública
Delegacia da Mulher
Grupo de Pesquisa “Saúde e Vulnerabilidade” da Unimontes
O que é o projeto Quebrando o Silêncio
Quebrando o Silêncio é um projeto educativo e de prevenção contra o abuso e a violência doméstica promovido anualmente pela Igreja Adventista do Sétimo Dia em oito países da América do Sul, (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai) desde o ano de 2002. A cada ano um tema é escolhido para ser discutido e abordado com propósito de conscientizar a comunidade, denunciar abusadores e ajudar as vítimas. O tema de 2018 é suicídio.
Conheça mais do projeto acessando:https://www.adventistas.org/pt/mulher/projeto/quebrando-o-silencio