Atlético luta, mas não consegue vencer bloqueio da Chapecoense na Copa do Brasil

O Atlético tentou do início ao fim do jogo, mas não conseguiu furar o bloqueio armado pela Chapecoense na noite desta quarta-feira. O time alvinegro esbarrou nas duas linhas de quatro jogadores montadas por Gilson Kleina e ficou no empate sem gols no Independência, na partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.

A primeira etapa começou com pressão alvinegra. O Atlético criou e deu sustos nos catarinenses, especialmente nos 20 minutos iniciais. Daí em diante, a Chapecoense ajustou a marcação e segurou o 0 a 0, apesar de ter ficado com a bola em apenas 32% do tempo.

O cenário da etapa complementar foi bem parecido com o que se apresentou nos minutos finais da primeira metade do jogo. O Atlético insistia e até conseguiu finalizar, mas foi vencido pela forte marcação dos rivais. No fim das contas, os jogadores alvinegros deixaram o gramado do Independência aplaudidos pelos torcedores, apesar da igualdade mantida no placar.

A partida de volta será na Arena Condá, em Chapecó. O duelo está marcado para o dia 16 de maio, uma quarta-feira, às 19h30. O time que vencer avança. Empate leva a decisão para os pênaltis.

Atlético e Chapecoense voltam a campo no final de semana, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. O time mineiro visita o São Paulo, no Morumbi, a partir das 19h deste sábado. Na segunda-feira, às 20h, é a vez de os catarinenses receberem o Paraná, na Arena Condá.

Ex-presidente do Atlético e prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil assistiu jogo no Horto

Muita posse, nenhum gol

Como esperado, o Atlético pressionou a Chapecoense no começo da partida. O caminho encontrado pelos donos da casa era claro: o lado esquerdo da defesa rival. A trinca formada por Patric, Otero e Gustavo Blanco travou – e ganhou – duelos contra Márcio Araújo, Bruno Pacheco e Elicarlos.

Os primeiros 20 minutos foram de domínio alvinegro, que manteve a posse de bola, esboçou contra-ataques e criou uma boa chance em uma jogada aérea. Gabriel, entretanto, cabeceou para fora. Jandrei, salvador no empate sem gols contra o Palmeiras, não precisou trabalhar tanto.

A Chapecoense repetia, em Belo Horizonte, a estratégia que deu certo em São Paulo. As duas linhas de quatro – a segunda delas composta estritamente por volantes de origem – pretendiam dar solidez à defesa, mas sofriam com investidas dos meio-campistas alvinegros. No ataque, a principal chance dos visitante foi em um cabeceio de Arthur Caike, que parou nas mãos de Victor, aos 24’.

Daí em diante, o Atlético ficou com a bola – tanto é que terminou o primeiro tempo com impressionantes 68% de posse -, mas não conseguiu criar tanto. Já na reta final, Apodi e Róger Guedes disputaram espaço na área. A torcida pediu pênalti, mas o árbitro Paulo Roberto Alves Júnior mandou o lance continuar. Na sequência, Ricardo Oliveira finalizou para fora uma boa oportunidade para o time alvinegro, que sofria com a forte marcação da Chapecoense.

Pressão, cera e igualdade mantida

Tática e tecnicamente, o início do segundo tempo foi muito parecido com a segunda metade da primeira etapa. O Atlético tinha a bola, mas encontrava dificuldades para romper as linhas rivais. O resultado? Chances de gol criadas, mas nenhuma defesa difícil do goleiro Jandrei.

Para tentar mudar o cenário, Thiago Larghi promoveu duas alterações de uma só vez. Aos 17’, entraram Cazares – recuperado de lesão na coxa esquerda – e Elias nos lugares de Adilson e Gustavo Blanco, respectivamente. Do outro lado, Gilson Kleina respondeu ao colocar Guilherme em campo. Canteros saiu.

A pressão alvinegra aumentou. Com Cazares pela esquerda e Róger Guedes mais avançado, o Atlético tentava imprimir velocidade ao jogo. Satisfeita com o empate, a Chapecoense mantinha as linhas bem postadas e, naturalmente, ‘catimbava’ o jogo.

Os visitantes chegaram com perigo aos 36’. Após cobrança de falta pela esquerda, Wellington Paulista finalizou firme e exigiu boa defesa de Victor. Daí em diante, a Chapecoense sofreu menos. No fim das contas, empate sem gols mantido até o fim – e Atlético aplaudido pela torcida, apesar da igualdade.

ATLÉTICO 0 x 0 CHAPECOENSE

Atlético
Victor; Patric, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Adilson (Cazares, aos 17’ do 2ºT); Otero, Gustavo Blanco (Elias, aos 17 do 2ºT), Luan (Matheus Galdezani, aos 32’ do 2ºT) e Róger Guedes; Ricardo Oliveira
Técnico: Thiago Larghi

Chapecoense
Jandrei; Apodi, Rafael Thyere, Douglas e Bruno Pacheco; Canteros (Guilherme, aos 21’ do 2ºT), Amaral, Elicarlos e Márcio Araújo (Vinícius Freitas, aos 46′ do 2ºT); Arthur Caike (Júnior Santos, aos 32’ do 2ºT) e Wellington Paulista
Técnico: Gilson Kleina

Cartões amarelos: Luan, aos 20’, e Patric, aos 35’ do 2ºT (ATL); Jandrei, aos 40’, e Apodi, aos 44′ do 2ºT (CHA)

Motivo: jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil
Local: Independência, em Belo Horizonte
Data e hora: quarta-feira, 2 de maio de 2018, às 19h30

Público: 19.476 torcedores
Renda: R$ 251.225,00

Árbitro: Paulo Roberto Alves Junior – PR (CBF)
Assistentes: Rafael Trombeta – PR (CBF) e Pedro Martinelli Christino – PR (CBF)