O ex-prefeito de Itacarambi, Rudimar Barbosa, a filha, Marcella Corrêa Barbosa, da Construtora Santos e Menegazzo, Sayonara Magalhães Torres, Volni Idésio Menegazzo e o engenheiro, Haroldo Barbosa Filho, tiveram os bens bloqueados pela Justiça Federal avaliados em R$ 945.783,98.
O juiz federal, Marcos Padula Coelho, de Janaúba, atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF) na Ação de Improbidade Administrativa.
Rudimar e os demais envolvidos são acusados de direcionamento de licitação, superfaturamento e de pagar por obras e serviços não realizados, como, por exemplo, a Unidade Básica de Saúde de Remanso, na zona rural de Itacarambi.
O MPF alega “estranheza” os envolvidos terem contratado a construtora por R$ 205.045,21, valor superior à proposta por ela apresentada, de R$ 159.816,06.
Segundo o Procurador da República, Eduardo Henrique de Almeida Aguiar, o engenheiro, Haroldo Barbosa Filho e o ex-prefeito, Rudimar Barbosa, teriam assinado medições atestando a realização de serviços que não haviam sido executados.
Um levantamento da Controladoria Geral da União (CGU) mostra que apenas 50,59% da obra fomos realizados, correspondentes ao valor de R$ 80.899,06. Apesar disso, foi pago à empresa R$ 193.965,28.
Ainda segundo o MPF, a maioria dos pagamentos das obras ocorreu após dezembro de 2010, quando o prazo de execução da obra já tinha expirado. Em vistoria do MPF, foi constatado que a obra estava inacabada e abandonada.