O Núcleo de Estudos Sismológicos da Unimontes, localizado em Montes Claros, divulgou, no final desta segunda-feira (02), que também registrou o terremoto ocorrido em Carandayti, no sul da Bolívia.
O sismólogo da Universidade Estadual de Montes Claros, Maykon Fredson Freitas, explicou que o abalo de magnitude 6.8 graus na escala Richter, apesar de não ter sido sentido pela população, foi captado pela Estação Sismográfica do Parque Estadual da Lapa Grande, que é vinculada à Unimontes, porém sem qualquer relato sobre reflexos na superfície da cidade.
“Embora seja uma distância absolutamente considerável, o tremor desta magnitude pode ser percebido em locais distantes, mas por moradores dos edifícios mais altos, como foi em Belo Horizonte e Brasília”, afirmou.
Em linha reta, Montes Claros está a mais de dois mil quilômetros do epicentro do tremor boliviano.
“O tremor que ocorreu em território boliviano se atenuou e perdeu intensidade ao chegar aqui, devido à distância, por isso não é tão percebido pela população”, afirmou Maykon Fredson.
Apesar da distância, as ondas sísmicas “viajam” pelo continente e, por isso, moradores de Belo Horizonte, Araxá, Uberlândia e de outros estados como São Paulo, Paraná e no Distrito Federal, relataram a sensação de abalo.
De acordo com o Boletim Sísmico, no Norte de Minas, no ano de 2018, ocorreram quatro abalos sísmicos naturais. Três no mês de janeiro, em Montes Claros, com magnitudes de 1,3; 0,9 e 1,0 na escala Richter e um no mês de fevereiro, ocorrido em Jequitaí, com magnitude de 1,8.
Já no ano de 2017, foram registrados 22 abalos.