Edmilson dos Santos Souza, mandante do assassinato do agente penitenciário, Wesley Fabrício Ribeiro, foi condenado a 25 anos de prisão, em regime fechado. O crime aconteceu em abril de 2015. O agente foi morto com um tiro na cabeça em frente ao Presídio Regional Jaraguá.
O julgamento durou cerca de dez horas e foi marcado com comoção e sentimento de justiça pelos familiares e amigos da vítima.
Segundo a promotoria, o agente foi morto por engano, o crime aconteceu como forma de intimidar a classe, mas o tiro era para outro servidor do sistema prisional. Edmilson dos Santos ficou preso por três anos pelo crime de tráfico de drogas. Ele alega que na época, os agentes teriam maltratado a família dele durante as visitas e que também recebeu tiro de bala de borracha.
Para a acusação, esse é o motivo do crime, porém, não existia nenhum registro de má conduta de Wesley, que era novato no trabalho.
“Acreditamos que a bala era para outro agente, pois envolvidos estavam aguardando um agente pilotando uma motocicleta preta; essas foram às características informadas pelo Edmilson de dentro da cadeia. Dificilmente um agente chega ao trabalhar fardado, então os suspeitos ficaram dando voltas até que Wesley passou. O rapaz não estava recebendo ameaças e nem tentou fugir da abordagem dos criminosos”, explicou a promotora Maria Cristina Santos Almeida.
Já a defesa de Edmilson afirma que ele não tem registro de violência dentro do presídio, pois sempre pensou em tentar reduzir a pena e ter a saída concedida por bom comportamento.
O júri popular ouviu todas as partes envolvidas e decidiu que Edmilson dos Santos Souza é culpado por mandar assassinar, Wesley Fabricio Ribeiro. O juiz Geraldo Anderson decretou a pena de 25 anos de prisão. Os outros dois envolvidos, o que pilotava a moto e o que atirou estão presos e aguardam julgamento.
SAUDADE
Wesley tinha 25 anos de idade, solteiro e sem filhos, mas era um pai para os irmãos. É assim que Adriele Souza lembra com carinho do irmão.
“O sonho dele era ser médico, fez o concurso de agente penitenciário para ter uma estabilidade financeira e pagar a faculdade. Ajuda todos inclusive os presos, ele era conhecido como ‘babá dos detentos’, pois sempre os tratava bem. Espero que todos os envolvidos sejam penalizados e que eles cumpram até o final da pena”, pontuou.