O policiamento na Estrada da Produção, rodovia LMG 657, foi reforçado, na tarde desta quarta-feira (18). O batalhão de Choque e o Helicóptero Guará fortalecem a ação mediadora da Corporação, que tenta evitar um conflito entre os integrantes do Movimento dos Sem-Terra e produtores rurais do Norte de Minas. As negociações estão sob o comando do Major Leal, com apoio de outros militares; líderes dos fazendeiros e do MST.
A propriedade foi invadida por centenas de famílias, logo pela manhã, e na tentativa de novos crimes, mais de 100 fazendeiros foram para o Povoado de Toledo com caminhonetes e tratores e bloquearam a via. Nem produtores, nem sem-terras não têm previsão de sair do local.
João Santos, morador da região, falou ao Webterra que todos no lugar ficaram com medo.
“Moro aqui numa vida. Eu moro com a minha esposa. Tenho 77 anos e minha mulher 74. É uma vida aqui e agora esse “trem” diferente aqui. A gente vê falando em São Paulo, na televisão, mas aqui? Sou a favor de quem trabalha de quem produz. Estamos com medo. A terra é produtiva. Ficamos com medo, daqui a pouco vai invadir outras fazendas.
Os ocupantes estavam na Fazenda Redenção. Eles alegam que o motivo da invasão é que necessitam para sobreviver.
Adeptos de movimentos sociais, como Comissão de Pastoral da Terra, chegam a todo o momento na comunidade.
O que diz o MST
Na primeira reportagem, o Webterra, procurou a assessoria de comunicação do MST, que informou que a fazenda é do Estado. A Fazenda Bom Jesus pertencente à Codhemig.
“É uma terra improdutiva com cerca de 200 hectares. 100 famílias estão nessa ação de ocupação a uma terra que é devoluta e que o governo pode destinar à reforma agrária. O MST irá resistir à ação desses fazendeiros”, afirma Geanini Hackbardt.