Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) identificou que aproximadamente 92% dos pacientes bariátricos começam a reganhar peso, ou seja, readquirem pelo menos 20% do peso perdido com o procedimento, após dois anos da cirurgia. A pesquisa identificou que esse reganho coincide com o momento em que os pacientes deixam de frequentar as consultas com o psicólogo.
A maioria faz o acompanhamento por até dois anos. E é nessa hora que costumam ter algum reganho de peso. Até dois anos de bariátrica é a lua de mel, quando o paciente vai perdendo quilos, sendo reconhecido pela sociedade e pela família. Depois, percebe que muitas daquelas frustrações não foram resolvidas e começa o ciclo do reganho. A pesquisa identificou que esse reganho coincide com o momento em que os pacientes deixam de frequentar as consultas com o psicólogo.
A maioria faz o acompanhamento por até dois anos. E é nessa hora que costumam ter algum reganho de peso. Até dois anos de bariátrica é a lua de mel, quando o paciente vai perdendo quilos, sendo reconhecido pela sociedade e pela família. Depois, percebe que muitas daquelas frustrações não foram resolvidas e começa o ciclo do reganho.
O resultado da análise ainda apontou que cerca de 22% dos voluntários tinham algum grau de compulsão alimentar, grave ou leve figurando como o transtorno mais associado ao reganho de peso.
Segundo a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica, aproximadamente 60% das pessoas com obesidade sofrem de algum distúrbio psiquiátrico. Além da compulsão alimentar, a depressão também é muito comum entre elas. No ano de 2022, foram realizadas 74.738 cirurgias do tipo no país pelo SUS e planos de saúde, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). Considerando o percentual apontado pelo estudo da USP, o número de pacientes que não conseguem manter o peso conquistado pode chegar a mais de 69 mil.
De acordo com os últimos dados divulgados pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), o percentual de obesidade entre brasileiros acima de 18 anos chegou a 22%, em 2022. Essa conscientização se faz necessária, cada vez mais.
A cirurgia, não pode ser considerada como resolução final, mas como uma ferramenta para isso.