Coluna Aprenda com quem sabe: Jesus não ressuscitou Lázaro!

Todos sabemos que Jesus ressuscitou, não é mesmo? Mas e o significado da palavra ressuscitar, será que é de tão fácil compreensão assim? Vejamos!

A palavra em questão vem do Latim RESURRECTIO, “ressurreição”, que veio de RESURGERE, “erguer-se de novo”, de RE-, “outra vez”, mais SURGERE, “levantar-se, erguer-se”, além disso Aquele que ressuscitou não morre mais.

Daqui surge outro imbróglio: e Lázaro? Jesus o ressuscitou? Não! Jesus não ressuscitou Lázaro, Jesus o fez voltar à vida, porque Lázaro reviveu – adquiriu vida nova -, consequentemente morrerá. Esta é a diferença entre ressuscitar e reviver (o prefixo re- em reviver dá ideia de repetição, como em reler).

Não há como falar em Jesus ressuscitado, sem falar em Páscoa, esta palavra que de acordo com o Dicionário Onomástico-Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, a «Grande festa judaica e cristã, comemora a Ressurreição de Jesus Cristo. Do latim vulgar pascua, atestado nas glosas, alteração do latim eclesiástico Pascha, por cruzamento com pascua, «alimento (propriamente “pasto”)», pois a Páscoa põe fim ao jejum da Quaresma; aquele termo do latim Pascha provém do grego páscha, forma documental na versão dos Setenta (que significa: «a Páscoa, festa judaica e cristã; “em particular”, a refeição da Páscoa; o anho pascal»), com origem no hebreu “pasach”, que propriamente significa “passagem” e designa a festa celebrada em recordação da saída do Egipto (…); serviu depois para designar a festa cristã celebrada em honra da Ressurreição de Jesus Cristo, por motivo da coincidência das datas.»’.

Diante disso, desejo a você que viva a Páscoa, porque somos pessoas de passagens, em nós a Páscoa acontece! Assim como existe a liberdade, existe o cativeiro das dificuldades, estas que são inúmeras. Contudo sempre há força maior: o Cristo ressuscitado, que não permite que percamos a esperança; que não admite que paremos; que nos guia para a terra prometida, motivando-nos a crer: “Eu não vou desistir!” E assim seguimos. Juntos. Mesmo que não vejamos. O importante é saber que, em algum lugar deste grande mar de dificuldades, de alguma forma estamos em travessia.