A importância do exercício físico na reabilitação cardíaca

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, o Brasil é um dos países que mais realiza cirurgias cardíacas no mundo. Isso inclui procedimentos como pontes de safena, implantes de marca-passo, reparação ou substituição das válvulas do coração.

Estatísticas que poderiam ser mudadas com a adoção de um estilo de vida mais saudável, com dieta equilibrada, prática de atividade física, e não possuir hábitos como o uso do cigarro, e do álcool. Esses conselhos servem para prevenir problemas cardiovasculares e também precisam fazer parte da vida de quem já passou, por exemplo, por uma cirurgia cardíaca.

A atividade física é essencial em todas as fases da vida. Pois saiba que ela também deve estar na rotina de quem se submete a uma cirurgia cardíaca.

As doenças cardiovasculares exigem atenção. E o exercício físico é parte da prevenção e da recuperação de pacientes que precisaram realizar cirurgias.

São várias as vantagens de manter uma rotina de exercícios:

 

– Melhora da contratilidade cardíaca: Após o infarto, a área necrosada do músculo cardíaco não funciona mais. A melhora da contratilidade cardíaca é fundamental para garantir a função do coração, uma vez que aquela parte não está mais disponível.

– Aumento da quantidade de vascularização: Tanto antes quanto depois do infarto, os exercícios físicos auxiliam no desenvolvimento do sistema circulatório, ampliando as ramificações das artérias (angiogênese) e garantindo o aporte de sangue necessário. Caso um vaso fique obstruído, a tendência é que as outras vias criadas diminuam a área de necrose, tornando o caso menos nocivo. Um dado interessante é que esse aumento da vascularização também acontece com a idade. É justamente por isso que infartos em pessoas mais novas, quando não tem esse aumento da vascularização nem pela idade nem pela atividade física, costumam ser bem mais graves.

– Recuperação da autonomia: Com o fortalecimento físico, a tendência é que o cardiopata consiga realizar suas atividades diárias com redução ou até mesmo sem sentir os sintomas. Além da saúde física, isto é uma importante ajuda psicológica durante a recuperação.

– Melhora do perfil lipídico: A atividade auxilia na redução do colesterol ruim (LDL) e aumenta o colesterol bom (HDL), diminuindo a incidência de novas obstruções de artérias.

–Melhora da hipertensão: Pessoas que sofrem com hipertensão arterial encontram na atividade física uma maneira de reduzir a pressão arterial e a frequência cardíaca, o que faz com que o coração fique menos sobrecarregado.

Antigamente, o infarto era sinônimo de repouso e distanciamento das atividades físicas. Hoje, esse conceito já não existe mais e atividade física é parte muito importante na reabilitação cardíaca.

O ponto principal é que essa atividade deve ser feita com um profissional de educação física especializado, que entenda exatamente os processos e as fases do tratamento.