Desafio de crescer no Brasil é coisa de Super-Herói (II)

Na última coluna, pontuamos alguns aspectos que dificultam fazer negócios no Brasil, abordamos sobre infraestrutura, tributação e morosidade da máquina pública. Dando sequência à nossa pretensão trazemos à baila outros pontos de destacada relevância para o crescimento e saúde financeira das atividade econômicas, como por exemplo, linha de financiamento, mola propulsora do desenvolvimento.

Financiamento é o ponto número UM de qualquer negócio, mas não basta financiar há de ser acessível, célere e competitivo. O Brasil toma bomba nos três critérios: é o país com a maior taxa real de juros do mundo, na faixa de 7,38%, levando em conta a taxa Selic em 13,75% ao ano (Infinity Asset), é também o país mais burocrático do planeta e o acesso ao aporte financeiro é de característica selecionadora, por faixa de capacidade de endividamento, por tempo de carência e por elevação da taxa de juros. Quando o pequeno empreendedor se ver obrigado a recorrer a uma operação de aporte financeiro, maioria das vezes, está se embaraçando em dívidas -juros majorados, carência reduzida ou sem carência e ainda, morosidade na tramitação da operação.

Por esses e outros motivos como a falta de gestão, de acordo com o IBGE, 48% das empresas brasileiras fecham em até três anos e o principal motivo é a falta de gestão eficiente.

Os dados mostram que 25% dos empreendedores brasileiros que fecharam suas empresas apontaram a falta de gestão como um dos motivos principais para a falência. O motivo está atrás apenas de altos impostos (31%), pouca demanda e alta competitividade (29%) e dificuldade para arrecadar linhas de crédito (25%).