“Não há vento favorável para aquele que não sabe para onde vai”

Plano Estratégico aumenta o grau de assertividade
Plano Estratégico aumenta o grau de assertividade

Sêneca disse isso, e é verdade. É preciso saber para onde está indo para chegar lá. Isto pode parecer simplista, mas é de extrema importância.

Saber aonde quer chegar é fundamento indispensável para uma pessoa, empresa ou entidade pública. Contudo, sozinho, isoladamente de outros instrumentos não é suficiente.

Há necessidade de se pavimentar os caminhos para se chegar aonde se deseja de fato.

Portanto, a instrumentalização adequada de um projeto é outra ferramenta substancial para condução do objetivo, claro pautado em Planejamento Estratégico, isto é, uma Proposta de Valor, bem clara e factível, observando circunstâncias e tendências.

Contudo, no caso das empresas públicas ou privadas – não importa o tamanho, ainda falta combinar com o quadro de pessoal. O capital intelectual divorciado da Proposta de Valor da companhia ou administração pública, torna-se muito difícil, quase impossível, onera o projeto, exclui a eficiência e flerta com o fracasso, pode até ir, mas… arrastando.

São eixos com valores e autonomias próprias e até distintos, contudo dependem de serem posicionados na mesma sintonia, são ferramentas que só alcançam a sua eficácia, quando trabalham sinergicamente.

Existem outros elementos necessários, como: parceiros, por exemplo, além de valores intangíveis como: ética, respeito, justiça…

Fazendo um recorte para o setor público, pergunto: qual a Proposta de Valor do município Delta ou Beta? Qual a política do município para os próximos 30, 40 anos? Não estou me referindo ao Plano Plurianual (PPA), este é de quatro em quatro anos, geralmente cópia fiel do governo anterior, mesclado com o de outros municípios.

As mesmas perguntas valem para os estados federados.

Sem nenhum receio, estendo os questionamentos à União.

Então? Se não sabemos o que somos e não sabemos aonde vamos, voltamos à estaca zero.

Impressionante, mesmo a história ensinando, pois Sêneca mencionou a célebre frase do nosso título no século I. No século XIX, Lewis Carroll, em sua obra prima As Aventuras de Alice no País da Maravilhas, frequentemente abreviado para Alice no País das Maravilhas, o renomado escritor dá uma repaginada na frase em forma de diálogo, com dois de seus personagens mais ilustres: Alice e o Gato Cheshire. Veja:

Alice perguntou: Gato Cheshire… pode me dizer qual o caminho que eu devo tomar?

Isso depende muito do lugar para onde você quer ir – disse o Gato.

Eu não sei para onde ir! – disse Alice.

Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve.