Conheça a história da raça Nelore, destaque em leilão realizado na Expomontes

Foto: Jonas Martins.
Foto: Jonas Martins.

A história da raça Ongole, ou Nelore, como é conhecida no Brasil, começa mil anos antes da era cristã, quando os arianos levaram os animais para o continente indiano.

Nelore é o nome de um distrito da antiga Província de Madras, Estado de Andra, situada na costa oriental da Índia, onde foram embarcados os primeiros animais para o Brasil.

Os indianos consideram o bovino um animal sagrado. Por isso, a maior parte da população é vegetariana e tem o leite como única fonte de proteína animal na dieta. A exploração dos animais é concentrada na produção de leite e no transporte.

O rebanho indiano é constituído, na sua grande maioira, de animais mestiços, de tipos variáveis, em razão da falta de divisões de pastos e das grandes distâncias que são obrigados a percorrer em busca de alimentos durante certas épocas de escassez.

Alguns poucos núcleos de animais foram selecionados pelos criadores locais e constituíam tipos ou raças com características próximas dos troncos fixos existentes. Os troncos conhecidos e considerados puros que deram supostamente origem ao zebu brasileiro são: gado Branco do Norte ou Brahmane; o tipo Misore do Sul Hallikar, Kangavam, Khillari, Nimari; o Gado Gir, das regiões de Kathiawar; o Gado Pardo ou Vermelho Sahiwal, Sindhi; o Gado Cinza de Madras – Norte ou escuro: Hissarr, kankrej, Malvi, Tharparkar; Sul ou Claro: Bhagnari, Hariana, Krishna, Nagori, Ongole, Gado de Dhanni do Punjab.

(Texto extraído do site da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil – ACNB)

O leilão

Dentro da programação de leilões da 48ª Expomontes, um teve destaque. O OMJ Touros realizado terça-feira (05), no Centro de Eventos do Parque de Exposições João Alencar Athayde, em Montes Claros.

Foi a 16ª edição do leilão onde, para o pecuarista Marco Túlio Tolentino, foram disponibilizados 40 touros nelore PO, de alto valor genético, todos avaliados pelo PMGZ e três fêmeas PO.

Foto: Jonas Martins.

“É um leilão de criador para criador. De quem vive e respira pecuária. A família OMJ prepara o leilão com muito carinho. Preparo este que inicia nos acasalamentos das mães dos touros, três anos antes, passando pelo minucioso aparte desde a desmama até o sobreano”, explicou.

O Nelore OMJ comercializa nesse leilão os 20% melhores animais da safra. O compromisso é com a satisfação do cliente na missão incessante de se fazer uma pecuária produtiva e rentável.

“O leilão Touros OMJ é o momento certo para se investir em genética de ponta, rever amigos e planejar o futuro reprodutivo do seu rebanho”, encerrou Marco Túlio.

O diretor de leilões, Osvaldo Miranda Júnior, acredita que a Expomontes vai bater recorde de negócios. “Nossa previsão de 12 mil cabeças será ultrapassada. É grande nosso otimismo. Hoje, por exemplo, com o Leilão da Confboi, pretendemos colocar no Tattersal dois mil animais. Já na sexta, com o de Touros da Fazenda Araras devem ser cerca de 45. Temos excelentes animais com alto padrão genético e a Expomontes tem a tradição nesse segmento, que é sinônimo de excelentes negócios”, ressaltou Osvaldo.

Próximos leilões

Estão previstos, ainda dentro da programação da Expomontes, os seguintes leilões:

08/07 – Leilão de Touros Fazenda Araras & Convidados, às 19h.

09/07 – 29º Leilão Girolando do Norte de Minas, às  12h.

10/07 –  Leilão Carga Fechada, às 12h.

(Matéria produzida com a colaboração da repórter Leila Santos)