Vacinação contra febre aftosa entra na segunda etapa em Minas

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) alerta produtores rurais para o começo, neste domingo (1º), da segunda etapa anual de vacinação contra a febre aftosa em Minas Gerais. A campanha tem como objetivo preservar a saúde dos rebanhos, mantendo também o compromisso com o agronegócio no estado.

Nesta fase, devem ser vacinados bovinos e bubalinos com idade de zero a 24 meses. O IMA, vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), é responsável pelo gerenciamento e fiscalização da campanha junto aos criadores. A expectativa é de que sejam imunizados cerca de 10 milhões de animais em todo o estado. A imunização vai até o dia 30 de novembro.

Confirmação

Em razão do enfrentamento à Covid-19, o produtor poderá comprovar a vacinação dos animais usando o formato eletrônico de declaração disponível em www.ima.mg.gov.br  ou, caso tenha cadastro, acessando o Portal de Serviços do Produtor.

Uma outra opção será o envio da declaração para o e-mail da unidade do IMA responsável pela jurisdição do município. O e-mail de cada unidade consta neste link. Nos municípios em que as unidades estiverem abertas, as declarações podem ser realizadas de forma presencial.

O prazo para comprovar a vacinação termina em 10 de dezembro. Para facilitar a localização da propriedade, o IMA recomenda o envio do Cadastramento Ambiental Rural (CAR) no momento da declaração.

O produtor rural poderá transitar e comercializar os animais logo após a vacinação e declaração. O prazo de carência exigido anteriormente pela legislação chegava até 15 dias, se fosse a primeira vacinação do animal. Agora, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) permite ao produtor rural a emissão da Guia de Transporte Animal (GTA) imediatamente após vacinar e declarar a imunização de bovinos e bubalinos de seu rebanho.

A doença

A febre aftosa é causada por um vírus, altamente contagioso e que pode trazer grandes prejuízos econômicos para os produtores, pois afeta o comércio internacional.

A doença é transmitida pela saliva, aftas, leite, sêmen, urina e fezes dos animais doentes, e também pela água, ar, objetos e ambientes contaminados. Uma vez doente, o animal pode apresentar febre, aftas na boca, lesões nas tetas e entre as unhas. Se forem verificados animais com estes sintomas, o produtor rural deve imediatamente comunicar a unidade do IMA mais próxima de sua região.

Na primeira etapa da campanha realizada em Minas entre maio e julho deste ano, 97% de bovinos e bubalinos foram vacinados, o que corresponde a mais de 350 mil produtores rurais, que imunizaram cerca de 23 milhões de animais nos rebanhos mineiros.

O produtor que não vacinar os animais estará sujeito a multa de 25 Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs) por animal, o equivalente a R$ 92,79 por cabeça. A declaração de vacinação também é obrigatória e o produtor que não o fizer até 10 de dezembro poderá receber multa de 5 Ufemgs, o equivalente a R$ 18,55 por cabeça.