Durante ocorrência em galpão clandestino, PM apreende cerca de 150 mil litros de combustível e bebida alcoólica com indícios de adulteração

Foto: Polícia Militar/ Divulgação

Na manhã desta sexta-feira (07 de agosto), a Polícia Militar, com o apoio do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e da Receita Federal do Brasil (RFB), apreenderam aproximadamente 150 mil litros de combustível e bebida alcoólica, com indícios de adulteração/falsificação, em Montes Claros.

O material, que estava armazenado em um galpão na Rua Francisco Peres de Souza, Bairro Raul José Pereira, próximo ao Parque de Exposições João Alencar Athayde, foi encontrado após denúncia anônima. Após a finalização da ocorrência, a PM informou  a imprensa que o denunciante disse à eles que teria notado que, há alguns dias, um caminhão-tanque, de transporte de combustíveis, entrava no local, principalmente no início da madrugada, o que levantou suspeita de que algo errado estaria sendo praticado.

Quando os militares do Quinquagésimo Batalhão de Polícia Militar (50º BPM) chegaram ao endereço indicado, encontraram o imóvel com as portas fechadas, lâmpadas acesas, presença de pessoas e um forte odor de álcool. Os policiais viram, por uma fresta, um homem que, assim que notou a presença da guarnição, correu para o interior do galpão. Ele, porém, foi abordado assim que abriu o portão. O suspeito revelou aos policiais que o imóvel era utilizado para adulteração de bebidas alcoólicas.

No local, foram encontrados vários materiais, como caixas d’água (algumas de até 20 mil litros de capacidade), barris, pacotes de sal e açúcar, bombonas, uma máquina para envasamento, rótulos de três marcas de bebidas, um veículo de passeio com bombonas no porta-malas, uma bomba d’água – usada para bombear o etanol para as caixas d’água, e um caminhão-tanque que estava sendo descarregado.

Segundo o motorista do caminhão, a mercadoria estaria avaliada em R$ 50 mil. Ele disse ainda que não sabia a finalidade do produto e que acreditava que a empresa teria errado o endereço de entrega ao colocar na nota fiscal a cidade de Betim e não Montes Claros.

Os fiscais do IMA, que acompanharam a operação, constataram que as caixas d’água eram utilizadas para armazenar etanol que, em seguida, era misturado com sal e açúcar e outros ingredientes para a produção de cachaça adulterada/falsificada. A bebida era colocada em diversas bombonas, que estavam armazenadas em vários cômodos do imóvel.

No porta-malas do automóvel, foram encontradas bombonas que possivelmente seriam utilizadas para transportar o líquido alterado aos compradores. Os rótulos das bebidas estavam no escritório do galpão. Nenhuma documentação foi apresentada para confirmar o registro da empresa e a origem e o destino dos produtos.

O Corpo de Bombeiros também foi acionado para vistoria e garantir a segurança do imóvel. A Vigilância Sanitária do município também foi acionada para as medidas necessárias. Ao todo, quatro pessoas suspeitas de envolvimento no crime foram encontradas no galpão. Elas foram conduzidas à Delegacia da Polícia Civil.