Minas Gerais tem quatro casos em investigação de infecção pela variante Ômicron do coronavírus. São dois homens e duas mulheres e todos estão em Belo Horizonte. Eles vieram de Gana, Moçambique e África do Sul, todos países da África.
A informação foi confirmada pelo secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, nesta segunda (13), em uma coletiva de imprensa. Ele ainda disse que todos testaram positivos e estão isolados. A avaliação genômica está sendo feita para confirmar se são Ômicron ou não.
Baccheretti também reforçou, na ocasião, a importância da terceira dose para evitar um novo surto da doença.
O monitoramento em tempo real das variantes em circulação no estado é realizado pela SES-MG, por meio da Subsecretaria de Vigilância em Saúde e a Fundação Ezequiel Dias (Funed), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O monitoramento do Observatório de Vigilância Genômica de Minas Gerais (OViGen-MG) é feito a partir da amostragem aleatória realizada em 10 Unidades Regionais de Saúde, escolhidas estrategicamente devido à localização geográfica no território mineiro.
Adicionalmente, estão sendo gerados dados referentes às demais regionais, pelo setor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) do Grupo Pardini, os quais estão sendo notificados à SES-MG e incluídos no OviGen-MG.
Além desta abordagem, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS-Minas) solicita amostragem para avaliar se há circulação de novas variantes a partir de indicadores epidemiológicos.
Sobre a variante
A variante Ômicron, do coronavirus, já detectada em mais de 60 países, representa risco global “muito alto”, com evidências de que foge à proteção vacinal, mas os dados clínicos sobre sua gravidade continuam limitados, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Ômicron está rodeada de incertezas consideráveis. Detectada pela primeira vez no mês passado na África do Sul e em Hong Kong, ela tem mutações que podem levar à maior transmissibilidade e a mais casos de covid-19, informou a OMS em resumo técnico divulgado nesse domingo (12).
“O risco geral relacionado à nova variante de preocupação Ômicron permanece muito alto por uma série de razões”, disse a entidade, reiterando a avaliação inicial que fez da cepa em 29 de novembro.
“E, em segundo lugar, as evidências preliminares sugerem potencial fuga imunológica humoral contra infecções e altas taxas de transmissão, o que poderia levar a novos surtos com graves conseqüências”, acrescentou a organização, referindo-se à potencial capacidade do vírus de escapar da imunidade proporcionada pelos anticorpos.
De acordo com a OMS algumas evidências preliminares destacam que o número de pessoas sendo reinfectadas com o vírus aumentou na África do Sul.
Embora as descobertas preliminares na África do Sul sugiram que a Ômicron pode ser menos grave que a variante Delta – atualmente dominante em todo o mundo – e todos os casos relatados na região da Europa tenham sido leves ou assintomáticos, ainda não está claro até que ponto a Ômicron pode ser inerentemente menos virulenta, disse a OMS.
“São necessários mais dados para entender o perfil de gravidade. Mesmo que a gravidade seja potencialmente menor do que para a variante Delta, é esperado que as hospitalizações aumentem como resultado do aumento da transmissão. Mais hospitalizações podem representar um fardo para os sistemas de saúde e levar a mais mortes.”
Mais informações sobre a nova variante são esperadas para as próximas semanas, afirmou a OMS.
*(Com informações do jornal Estado de Minas e Agência Brasil)