O homem que matou três pessoas e baleou outra em Corumbá de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, se entregou à polícia na manhã desse sábado (4), após cinco dias foragido. Wanderson Mota Protácio, 21 anos, estava se escondendo na área rural das vizinhas Alexânia e Abadiânia, ambas em Goiás.
Ele se entregou em um posto da Polícia Militar de Goiás de Gameleira de Goiás, a cerca de 100 quilômetros de Goiânia. Em seguida foi levado à delegacia de polícia da cidade, onde prestou depoimento.
O criminoso teria tomado a decisão de terminar com a fuga, que já durava cinco dias, após entrar em uma fazenda na noite de sexta-feira (3) e ser acolhido pelo casal dono da propriedade. A mulher ofereceu água, comida e roupas limpas, já que ele estava sujo, molhado e com frio. Após convencê-lo a se entregar, o próprio casal levou Wanderon ao posto policial da cidade, no início da manhã de ontem.
A mulher do fazendeiro contou à polícia que Wanderson era conhecido da família. Ela disse que o suspeito chegou à propriedade, entrou, conversou com as vítimas, tomou refrigerante, sacou a arma e deu um tiro. Mas, com o tempo, foram conversando, até e ele ser convencido a por um fim à fuga. Uma força-tarefa com ao menos 50 policiais, um helicóptero e cães farejadores foi montada pela Polícia Civil atuou nas buscas dele.
Segundo a Polícia Civil, Wanderson é suspeito de matar Ranieri Aranha Figueiró, de 19 anos, que estava grávida, a enteada, Geysa Aranha, de 2 anos e nove meses, e o fazendeiro Roberto Clemente de Matos, de 73 anos.
Conforme a Polícia Militar, Ranieri e Geysa foram mortas a facadas. Já Roberto Clemente foi morto com um tiro na cabeça. O homem também teria tentado estuprar a mulher de Roberto, que foi baleada no ombro, fingiu-se de morta e depois pediu ajuda para vizinhos.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), Wanderson responde a um processo por tentativa de homicídio. Em 2019, ele tentou matar a facadas uma parente. Ainda não há sentença para esta acusação. Ele chegou a ser detido na Unidade Prisional de Goianápolis e, em depoimento, admitiu o crime.
Wanderson foi apelidado de “Novo Lázaro” por conta das semelhanças com o caso de Lázaro Barbosa, acusado de diversos assassinatos e alvo da maior perseguição policial da história de Goiás, em meados deste ano.
*Com informações de O Tempo e IstoÉ.