Com pouco mais de seis mil habitantes a cidade de Botumirim fica no Norte de Minas, e teve que mudar a rotina dos moradores drasticamente nesta semana. O município que ficou entre os seis do país sem registro de Covid-19 por oito meses, hoje vive um surto da doença.
De quinta-feira ,21, e até segunda, 25,foram confirmados 34 casos do novo coronavírus. Por isso, a prefeitura decretou situação de emergência e decidiu “recolher” os moradores dentro de casa.
Dentro dessa recolhimento somente tem autorização para funcionar o comércio considerado essencial. Os demais devem ficar fechados pelo menos até o dia 6 de novembro. O decreto, assinado pela prefeita Ana Pereira Neta (PSC), a Naninha, ainda diz que a desobediência das regras serão punidas.
Ontem, 26, a cidade contabilizou 59 pessoas em isolamento e pelo menos 37 com o vírus ativo confirmado. Desde o início da pandemia, foram 284 casos confirmados e cinco óbitos registrados.
Suspeita da contaminação
O surto ainda é investigado, mas a principal suspeita é de que as contaminações se alastraram após a realização de uma festa, que teria reunido cerca de 30 participantes. Dentre os convidados e infectados estão servidores da área da saúde.
O que levou até a UBS (Unidade Básica de Saúde) a suspender os atendimentos presenciais na última sexta-feira , 22. Além disso, a Secretaria Municipal de Assistência Social, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAs) e o Conselho Tutelar também tiveram os atendimentos interrompidos para desinfecção das instalações.
Situação de emergência
Por causa da situação de emergência, as aulas continuam suspensas e a Secretaria Municipal de Saúde está com todo o atendimento presencial suspenso por 15 dias, desde o dia 22. Já o atendimento nas UBS permanece em caráter excepcional prioritário para os serviços considerados de urgência.
A prefeitura também decretou que as viagens para tratamento fora do município devem ser submetidas às recomendações da Secretaria Estadual de Saúde. Além disso, todos os eventos esportivos, culturais, turísticos e de agricultura também estão proibidos por duas semanas.
[Com informações de O TEMPO]