O Ministério conseguiu a condenação de 14 pessoas por tráfico de drogas e associação para o tráfico, em João Pinheiro, Noroeste de Minas. Dois dos réus foram condenados também por corrupção ativa e um, por corrupção passiva. As penas variam de 13 anos e 4 meses a 26 anos e 8 meses de prisão.
A sentença é resultado da segunda fase da “Operação Cérberus”, realizada pelo 1ª Promotoria de Justiça de Paracatu, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Paracatu e da Polícia Militar. A operação, deflagrada no município de João Pinheiro, apurou a entrada de drogas e celulares no presídio através de agente penitenciário, entre julho de 2018 até meados de fevereiro de 2019.
O agente penitenciário que atuava na Unidade Prisional de João Pinheiro e participava do esquema, fez acordo de colaboração premiada e identificou os demais participantes. Ele negociava com os presos a entrada de drogas e celulares. Os presos indicavam uma pessoa de confiança, na maioria das vezes a esposa ou algum familiar, para entregar o material ao agente e efetuar o pagamento. O agente entrava com pequenas quantidades por vez e repassava a droga ao responsável pela faxina, que encaminhava o entorpecente para o preso. A maconha era revendida dentro do presídio por R$ 100 o grama.
Um dos presos e sua esposa foram condenados por corrupção ativa por acertar o esquema com o agente penitenciário. No total, o agente penitenciário levou drogas para oito detentos diferentes, com participação de familiares.
Todos foram condenados pela Segunda Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da Comarca de João Pinheiro. A maior pena, de 26 anos e 8 meses de prisão, para o agente penitenciário, foi reduzida pela metade em virtude do acordo de colaboração premiada. Dos réus, 10 estão presos preventivamente e quatro vão recorrer em liberdade.