O Grupo Stellantis, que detém a marca Fiat, informou que 1.800 empregados da fábrica de Betim terão o contrato de trabalho suspenso (chamado lay-off) por três meses a partir da próxima segunda-feira (4). A medida foi tomada por causa da falta de peças e de componentes importados que a montadora sofre, além da crise sanitária, que impactaram a produção de veículos e também a economia.
A suspensão de contratos de trabalhos foi aprovada por 98,08% dos trabalhadores da fábrica que votaram em assembleia na quinta (23). A ação poderá atingir até 6.500 trabalhadores, tem o objetivo, segundo a empresa, de preservar os empregos da categoria.
O funcionário que aderir ao programa receberá subsídio do governo nos moldes do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, do Ministério da Economia, e terá o complemento pago própria montadora.
Em nota, a montadora informa que a medida é uma decorrência do impacto da crise sanitária e de suas consequências sobre a economia, que agravaram a escassez global de insumos, notadamente de componentes eletrônicos, comprometendo a capacidade de manter o ritmo e volume de produção dentro de padrões previsíveis.
“A suspensão do contrato de trabalho para qualificação profissional preserva os empregos dos trabalhadores envolvidos e assegura os direitos estabelecidos no acordo coletivo de trabalho, além de oferecer qualificação profissional, estabilidade no emprego proporcional ao período de afastamento e o pagamento de bolsa-auxílio, para preservar o poder aquisitivo”, informou a montadora em nota.
Ainda segundo a Fiat, a empresa espera a normalização dos suprimentos e a retomada dos volumes de produção no menor prazo possível.