Em julho de 2021, o valor da conta de luz pesou no bolso dos brasileiros. A bandeira tarifária vermelha patamar 2, teve um aumento na cobrança de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos, a variação representa uma alta de 52%. Segundo Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a alteração tem como justificativa a crise hídrica que atingiu o país e impactou a capacidade de fornecimento de energia elétrica. Para reverter à situação, a Comissão das Energias Renováveis e dos Recursos Hídricos realizará audiência pública no dia 15, às 14h, na Assembleia Legislativa, para debater, avaliar e sugerir medidas para prevenção e enfrentamento da crise hídrica em Minas Gerais, o requerimento 9.811/21 foi apresentado pelo seu presidente, deputado Gil Pereira.
De acordo com a organização, o evento contará com a participação (presencial ou remota) de diversas autoridades e especialistas do setor hídrico e energético, incluindo a secretária de Estado de Meio Ambiente, Marília de Melo; o diretor-geral do Idene-MG, Nilson Borges; o presidente da Codevasf, Marcelo Moreira; o diretor-geral do Dnocs, Fernando Leão; o diretor-geral da Aneel, André Pepitone; o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi; o reitor da Unimontes, Antonio Alvimar Souza; o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe; dentre outros.
Para Gil Pereira, o cenário de sucessivos aumentos da conta de luz, afeta toda a economia e até o custo da alimentação básica das famílias, além do risco de racionamento de energia elétrica e de água.
“Prioridade da minha atuação na Assembleia, tenho alertado sobre a urgência da diversificação da matriz energética nacional, com outras fontes renováveis para menor dependência das hidrelétricas, tanto que nosso Estado lidera a geração distribuída solar fotovoltaica (18% do total). Desde 2012, atraiu R$ 5 bilhões em investimentos e gerou mais de 30 mil empregos, especialmente no Norte de Minas, graças à inovação que fiz nas leis estaduais. Na geração centralizada, temos novas usinas gigantes, várias em implantação, que somam mais de 3 GW, como as de Janaúba e Pirapora”, ressaltou o deputado.
O deputado complementa ainda, que apesar de o país ter ultrapassado o marco de 10 GW de potência total da fonte fotovoltaica, faltou foco e maior investimento para se evitar a crise, que castiga a população e as empresas com absurdas contas de luz.
Aumento
Com a criação da nova bandeira tarifária “Escassez Hídrica”, anunciada nesta terça-feira (31/08/21) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a conta de luz vai ficar, em média, 6,78% mais cara, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME).
O novo valor da taxa extra será de R$ 14,20 pelo consumo de 100 kWh e passou a vigorar a partir desta quarta-feira (1º/09/21), até 30 de abril de 2022.
Na comparação com o valor da bandeira vermelha 2, que vigorou até esta terça-feira e custava R$ 9,49 por 100 kWh, o aumento é de 49,6%.