É cada vez mais clara a importância da indústria como poderoso instrumento de inclusão e transformação social. Ao longo dos últimos anos e décadas, extrapolando sua missão primordial de produzir e gerar empregos, esse setor, fundamental na vida nacional, se afirmou de forma especial como vetor de políticas sociais eficientes e eficazes.
Desde o começo do ano passado, quando a pandemia da Covid-19 se instalou em Minas Gerais, assim como no Brasil e no mundo, a Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) e também os sindicatos e empresas a eles vinculados assumiram a responsabilidade de postarem-se ao lado da sociedade mineira na guerra contra o coronavírus em todas as frentes necessárias, com ações nos campos da economia e da saúde. E por acreditar que a vacinação massiva da população é a principal arma contra esse insidioso vírus, a FIEMG e a indústria mineira trabalham para oferecer ao país, e a Minas Gerais, ações em duas frentes: na aquisição de equipamentos que permitem que a vacina seja aplicada, como refrigeradores para acondicionamento dos frascos, e no investimento para o desenvolvimento de uma nova opção de vacina, que virá somar-se às que já estão em uso.
Por meio do seu Conselho Estratégico. a FIEMG também apoia a campanha Unidos pela Vacina, idealizada e liderada pela empresária Luiza Trajano, dona do Magazine Luiza. Com esse objetivo, foram mobilizados os maiores industriais do estado o que resultou na doação, para pelo menos 275 municípios mineiros, itens essenciais para que a vacinação da população ocorra de maneira mais rápida e eficaz, como câmaras frias e freezers, que são fundamentais para o acondicionamento das vacinas.
Além disso, em 2020, a FIEMG doou 1.600 ventiladores pulmonares e equipamentos de leitos hospitalares para centenas de cidades de todo o estado. Foram distribuídos 1.428 respiradores (para 268 municípios) e 166 leitos em 12 regionais que contemplam todo o território mineiro. Outros 100 equipamentos foram doados ao governo federal.
Este ano, o trabalho continua. Começando com a doação de 100 ventiladores mecânicos ao governo do Estado, o que permitiu a montagem de 100 novos leitos de UTI para atendimento a pacientes da Covid-19 em diversos municípios mineiros, entre eles Montes Claros, que receberam os equipamentos segundo critérios da Secretaria de Estado de Saúde. No Centro de Inovação e Tecnologia SENAI (CIT SENAI), um mutirão de 20 profissionais – engenheiros mecânicos, eletricistas e de automação, além de técnicos especializados em eletroeletrônica – recuperaram 240 respiradores para atender pacientes com Covid-19 nas diversas regiões brasileiras. A indústria mineira se mobilizou para ceder aos hospitais, pelo tempo que for necessário, 2 mil cilindros para armazenamento do oxigênio medicinal. Também foram doados mais de 500 “capacetes Elmo”, equipamento capaz de reduzir em até 60% a necessidade de internação em leitos de UTI. Desde o início da pandemia, o SENAI-MG produziu e doou 180 mil litros de álcool glicerinado 70% (parceria com a UFMG e o Sindicato do Açúcar e Álcool de Minas Gerais), 1,63 milhão de máscaras e 11 mil jalecos, além de 1.988 conjuntos de válvula e 12.827 pistões para a fabricação dos ventiladores mecânicos.
Em Montes Claros, por meio da atuação do vice-presidente da FIEMG Regional Norte, Adauto Marques Batista, empresas como Hipolabor, Novo Nordisk, Alpargatas e Eurofarma, fizeram doação de cestas básicas para a população carente, chinelos e medicamentos fundamentais para o dia-a-dia dos hospitais no tratamento de pacientes com Covid em UTIs. Só a Eurofarma doou 7.600 cestas básicas no ano passado e este ano. O SESI adquiriu milhares de testes rápidos para identificação de Covid-19 para trabalhadores da indústria e a população mineira. Em Montes Claros, a entidade comercializa os testes com os menores valores de mercado, por meio da unidade SESI Segurança e Saúde no Trabalho que funciona na Avenida Armênio Veloso, 46, centro.
Para Adauto Marques, essas são todas, igualmente, ações que colocam a FIEMG e a indústria mineira entre as organizações que mais colaboram e se conectam à sociedade brasileira no desenvolvimento de iniciativas que mitigam os efeitos da pandemia. “Vamos seguir adiante nessa mesma direção, cientes e conscientes da responsabilidade do empresariado e da entidade – FIEMG – que os representa diante da sociedade”, acrescenta Marques.