A campanha “Julho Amarelo” é algo recente no Brasil, estipulada em 2019, em prevenção das hepatites virais, causadas por vírus classificados pelas letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E. Em Montes Claros, os hospitais Santa Casa e Dilson Godinho são referência no atendimento e tratamento dessas enfermidades na região do Norte de Minas – atualmente oito pessoas estão em tratamento.
As hepatites virais são processos inflamatórios que acometem o fígado, de forma difusa, podendo levar desde alterações sutis a quadros graves, com grande repercussão sistêmica e morbimortalidade. O Brasil registra a presença de todos os cinco vírus; porém, são mais comuns os vírus A, B e C. O vírus da hepatite D é mais frequentemente encontrado na região Norte do país, enquanto o vírus da hepatite E, menos comum no Brasil, é encontrado principalmente na África e na Ásia.
HEPATITES
Hepatite A – A transmissão é fecal-oral (contato de fezes com a boca) e tem grande relação com alimentos ou água não seguros, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal. Outras formas e transmissão são os contatos pessoais próximos (intradomiciliares, pessoas em situação de rua ou entre crianças em creches) e os contatos sexuais (especialmente homens que fazem sexo com homens).
Hepatite B – O principal meio de transmissão da hepatite B é via sanguínea, ou seja, relações sexuais (sem preservativo), de mãe para filho (durante a gestação), compartilhamento seringam etc. Os sinais e sintomas, quando presentes, são comuns às demais doenças crônicas do fígado e costumam manifestar-se apenas em fases mais avançadas da doença. O vírus pode sobreviver por períodos prolongados fora do corpo, e tem maior potencial de infecção que os vírus da hepatite C e da imunodeficiência humana (HIV), em indivíduos suscetíveis. Existe vacina contra a hepatite B.
Hepatite C – A via parenteral é a principal forma de transmissão. Com o advento dos marcadores sorológicos, a transmissão por meio de transfusão de hemoderivados tem perdido importância. Por outro lado, o uso de drogas intravenosas tornou-se uma das principais formas de contaminação. Transmissão sexual e de mãe para filho durante a gestação e o parto são menos comuns. A maior prevalência de hepatite C está entre pessoas que têm idade superior a 40 anos. Pessoas submetidas à hemodiálise, privados de liberdade, usuários de drogas e pessoas vivendo com HIV são exemplos de populações mais vulneráveis à infecção pelo HCV. Não existe vacina contra a hepatite C.:
Hepatite D – A hepatite D ocorre apenas entre pessoas infectadas pelo vírus da hepatite B. A transmissão exige o contato com sangue infectado. Os sintomas incluem dor abdominal, náuseas e fadiga.