Sempre ouvimos nas notícias assuntos sobre a taxa Selic, mas afinal, o que é isso e qual a influência sobre as nossas vidas?
Os noticiários sempre exibem as chamadas das reuniões do órgão responsável por tomar as decisões sobre as taxas de juros básicas que serão utilizadas como referência pela economia nacional, porém, não há a exposição acerca do tema, ficando para a maioria dos brasileiros, uma informação amplamente vaga.
Para um melhor entendimento do assunto, precisamos primeiro expor porque há a variação da taxa de juros básicos da nossa economia. A Selic é definida no Brasil pelo Banco Central em reuniões que ocorrem a cada 45 dias e que pode estabelecer se esta será mantida, terá alta ou baixa e esta decisão é tomada de acordo com o andamento da inflação, em que pode ser
decidido um aumento desta taxa caso a inflação atinja o teto da sua meta ou esteja próximo.
Mas enfim, qual o efeito prático disso na economia?
Teoricamente a Selic teria o poder de controlar a inflação através do consumo, em que, uma taxa de juros mais alta dificulta a obtenção de crédito pelos consumidores, pois, os bancos acompanham as decisões do Banco Central já por outro lado, caso a economia esteja com a atividade baixa, pode ser definido uma redução na Selic, fazendo com que a remuneração financeira dos juros fique menos atraente, levando os empresários a investirem diretamente na economia. Este efeito ocorre também como termômetro de decisões de investimentos, onde, alguns investimentos em renda fixa tem a sua remuneração definida pela taxa de juros básicas praticada no mercado. Um exemplo foi quando em 2016 tivemos o maior patamar da Selic desde a implantação do Real. Neste período, tínhamos como exemplo os investimentos em Tesouro Direto que remunerava em cerca de 15% ao ano com muito baixo risco. Ao reduzir a taxa, os investimentos diretos na economia, como por exemplo, a abertura de novas empresas se tornam mais atraentes.
Com isso, estas variações podem influenciar diretamente na vida das pessoas como por exemplo variação nos preços dos produtos (inflação) e até mesmo geração de empregos, pois como citado acima, a decisão de pessoas investirem ou não na economia diretamente tem efeitos diretos sobre este fator. O aumento no consumo (como citado acima, seria derivado de uma redução na taxa de juros) também teria poder de influenciar as decisões nos investimentos.