A Polícia Federal deflagrou nesta manhã, (30), a Operação “Reborn”, para combater crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e confecção de documentos com dados falsos. A ação foi realizada nas cidades de Montes Claros, Belo Horizonte, Divinópolis, Ribeirão das Neves, Igarapé e Lagoa Santa. Ao todo foram expedidos treze mandados judiciais de busca e apreensão.
As investigações tiveram início a partir da análise de documentos apreendidos durante a deflagração da Operação Policial “Stello” realizada na semana passada, que desvendou fraudes no saque de créditos de precatórios judiciais por meio de procurações falsas. A Polícia Federal mostrou que da análise desses documentos, surgiram indícios de que, além de procurações, certidões de nascimento falsas eram lavradas pela responsável por um cartório de registro civil localizado no Norte de Minas. Em posse dessas certidões de nascimento ideologicamente falsas, eram fraudados documentos de identificação expedidos por vários órgãos, como carteiras de identidade, CPFs, títulos eleitorais e CNHs; além da criação de uma pessoa jurídica, cadastramento de biometria eleitoral, cadastramento de veículos e solicitações de auxílio emergencial.
Segundo a Polícia Federal, foi constatado que alguns desses falsos beneficiários eram foragidos da Justiça, com extensa ficha criminal. Golpistas alvos de diversas demandas na Justiça cível por prática de pirâmide financeira e imigrantes ilegais oriundos de países árabes – todos buscando nova identidade para se furtar dos comprometimentos jurídicos que recaiam sobre seus verdadeiros nomes.
Ainda na operação foi constatado um brasileiro, com cidadania norte-americana e procurado pela Interpol, condenado a mais de 20 anos de prisão nos Estados Unidos. O homem vivia em Florianópolis – SC e possuía diversas identidades falsas. Documentos de identificação obtidos mediante fraude também foram utilizados para atividades econômicas em contas bancárias em grandes instituições financeiras brasileiras.
A PF representou por treze mandados judiciais de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara da Subseção Judiciária da Justiça Federal em Montes Claros e cumpridos nas cidades mineiras de Belo Horizonte, Divinópolis, Ribeirão das Neves, Igarapé e Lagoa Santa. Também teve ação nas cidades paulistas de São Paulo, Tatuapé e Votorantim – em Santa Catarina nas cidades de Florianópolis e São José – no Espírito, Santo, em Vila Velha.
Cerca de 70 policiais e servidores Federais atuaram na deflagração.