A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira, em Montes Claros mais uma fase da operação “STELLIO”, para combater crimes de estelionato e associação criminosa praticada mediante a utilização de documentos falsos. A quadrilha utilizava a documentação para efetuar saque de créditos de precatórios judiciais – os danos aos cofres públicos são estimados em R$500 mil.
A PF identificou que um grupo formado por escreventes cartorários advogados e funcionários de bancos se associou para levantar informações de créditos de precatórios disponíveis para saque, falsificarem procurações públicas e efetuarem o saque dos valores dos precatórios nas instituições financeiras. O precatório judicial é um documento emitido pela Justiça, necessário para que o Poder Público efetue o pagamento de uma condenação judicial.
Na primeira fase da Operação, deflagrada em dezembro de 2019, foram apurados saques criminosos de aproximadamente R$1,3 milhão. Ao todo sete mandados de prisão foram cumpridos e 14 de busca e apreensão em diversas partes do país.
Durante a análise das apreensões de documentos ocorridas na primeira fase da operação, surgiram novos indícios da atividade criminosa e assim, começaram as investigações da segunda fase. Segundo a PF, foram identificados 12 créditos de precatório, no valor aproximado de 500 mil reais, que são objeto de fraude por parte do grupo criminoso.
A PF representou por mandado judicial de busca e apreensão, na casa de um advogado em Montes Claros, e mandados judiciais de bloqueio de ativos financeiros e constrição patrimonial em nome de investigados. Durante a deflagração de hoje, cinco investigados foram ouvidos pela PF e indiciados pelos crimes de estelionato, fraude e formação de quadrilha.