Transtorno de Ansiedade: psicóloga esclarece dúvidas sobre tema tão discutido durante a pandemia

Durante a pandemia do CoronavÍrus (COVID-19) que o mundo esta enfrentando, muitas pessoas ou adquiriram ou tem tido com mais frequência as crises de Ansiedade.

Vários fatores podem levar à sensação de ansiedade durante a pandemia porque a insegurança diária, o medo de ter Covid-19 ou de alguma pessoa próxima ter, a distância das pessoas queridas, problemas financeiros gerados pela crise atual, filhos em casa e ainda as aulas on-line, falta de interação social, o próprio home office, o receio da morte, entre outras razões que causam desequilíbrio e tudo que a pandemia impõe. Todo esse cenário representa uma carga emocional muito forte, principalmente para as pessoas que já são mais fragilizadas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo. Cerca de 18 milhões de brasileiros convivem com o transtorno de ansiedade. A psicóloga Roberta Drumond Oliveira, que é especialista em Terapia Cognitiva Comportamental, Practitioner em Programação Neurolinguistica (PNL), Hipnoterapia Cognitiva, além de atendimento psicológico para adultos e adolescentes nas áreas da ansiedade, depressão, transtornos alimentares e fobias vai buscar esclarecer dúvidas sobre o tema.

Ansiedade é um termo geral, usado para caracterizar distúrbios que causam angústia, medo, apreensão, nervosismo e preocupação. Ela é uma reação natural a algumas situações da vida, como uma entrevista de emprego ou na véspera de exames de saúde. O problema acontece quando esses sentimentos são vivenciados de forma intensa e bastante frequente, comprometendo a qualidade de vida e a saúde emocional.

Um dos pontos mais abordados pelas pessoas que desconhecem o assunto é saber quais os sintomas que as pessoas que sofrem deste transtorno apresentam, e para Roberta Drumond, “os sintomas de ansiedade podem se manifestar a nível físico, como a sensação de aperto no peito e tremores ou a nível emocional como a presença de pensamentos negativos, preocupação ou medo, e geralmente, surgem vários sintomas ao mesmo tempo, como: respiração ofegante ou falta de ar, aumento do suor, tremores nas mãos ou outras partes do corpo, sensação de fraqueza ou fadiga, boca seca, mãos e pés frios ou suados, náusea, tensão muscular e dor de barriga ou diarreia”.

Ainda de acordo com a psicóloga, “existem ainda os sintomas psicológicos da ansiedade, que são: constante tensão ou nervosismo, sensação de que algo ruim vai acontecer, problemas de concentração, medo constante, descontrole sobre os pensamentos e principalmente dificuldade em esquecer o objeto de tensão, além de preocupação exagerada em comparação com a realidade e ainda problemas para dormir e irritabilidade”.

CONTROLAR SINTOMAS

Segundo a psicóloga Roberta Drumond Oliveira, existem formas de controlar esses sintomas do Transtorno de Ansiedade, “para controlar a ansiedade deve-se procurar um médico que irá prescrever medicamentos que ajudam a diminuir alguns dos sintomas e fazer acompanhamento com o psicólogo. A psicoterapia pode ajudar o paciente a entender os fatores do dia a dia que desencadeiam sua ansiedade, reduzir seus sintomas e trabalhar os eventos que o levaram a desenvolver este problema”.

DIAGNÓSTICO DO PROBLEMA

Roberta Drumond também destacou a necessidade de se diagnosticar os sintomas o quanto antes. “Para que se diagnostique o transtorno de ansiedade generalizada, a pessoa precisa sentir uma preocupação ou ansiedade excessiva. Além disso, precisa apresentar três ou mais dos sintomas a seguir: agitação ou uma sensação de tensão ou nervosismo, tendência a cansar-se facilmente, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e distúrbio do sono”.

TIPOS DIFERENTES DO TRANSTORNO

“O Transtorno de Ansiedade é diferenciado por tipos, que são assim denominados: Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Fobia social, Síndrome do Pânico e Ansiedade por estresse pós-traumático”, finalizou a psicóloga.
Mais do que nunca, precisamos estar atentos a nossa saúde mental e na das pessoas com quem convivemos.