O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), apresentou à Justiça, nesta quinta-feira, (15), denúncia contra o ex-presidente do Cruzeiro Esporte Clube Wagner Pires de Sá, o ex-vice-presidente-executivo de futebol, Itair Machado, o ex-diretor-geral, Sérgio Nonato, e mais seis pessoas: um ex-assessor de futebol do time, três empresários, o ex-presidente do Ipatinga Futebol Clube (IFC) e o pai de um atleta das categorias de base do Cruzeiro.
A denúncia apresentada pela 11ª Promotoria de Justiça de Belo Horizonte, narra crimes de lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica e formação de organização criminosa. O prejuízo ao Cruzeiro, de acordo com o MPMG, é de cerca de R$ 6,5 milhões.
Além da condenação dos investigados, o MPMG pede que seja fixada indenização ao Cruzeiro do prejuízo causado e, a título de dano moral coletivo, dano à imagem do clube, com o pagamento correspondente a 100% do prejuízo efetivamente causado.
O Ministério Publico aguarda decisão sobre levantamento de sigilo de medidas, dados e informações ainda em segredo de justiça, já requerido, para fornecer maiores informações sobre o caso.
O MP destaca que as investigações ainda prosseguem em relação a outros fatos, entre eles contratos mantidos em nome do Cruzeiro com pessoas e empresas ligadas a dirigentes e conselheiros, burlando vedação estatutária ao recebimento de remuneração.
“Como forma de angariar apoio à gestão e impedir/dificultar a atuação dos mecanismos de controle e concessão de vantagens a terceiros, especialmente ligados a torcidas organizadas do clube, com o propósito de angariar apoio à gestão; visando à identificação integral dos envolvidos, beneficiários finais e valores auferidos”, diz a nota do MPMG.
A denúncia do Ministério Pública poderá ser acatada ou não pela Justiça.
Denunciados e os respectivos crimes
O ex-presidente foi denunciado pelos crimes de falsidade ideológica, apropriação indébita e formação de organização criminosa.
O ex-vice-presidente-executivo de futebol foi denunciado por lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica e formação de organização criminosa.
O ex-diretor-geral responderá por integrar organização criminosa e por apropriação indébita.
Já os três empresários são acusados de integrar organização criminosa e apropriação indébita, sendo que dois deles ainda responderão por lavagem de dinheiro.
O pai do atleta das categorias de base do CEC responderá pelo crime de falsidade ideológica.
O ex-presidente do IFC foi denunciado por lavagem de dinheiro e, por fim, o ex-assessor de futebol do CEC por apropriação indébita.