Os prefeitos do Norte de Minas manifestaram-se contra a proposta de adiamento das eleições desse ano para dezembro, como propõe algumas iniciativas que tramitam no Congresso Nacional. Eles seguiram o pensamento dos presidentes Glademir Aroldi, da Confederação Nacional dos Municípios e Jilvan Lacerda, da Associação mineira dos Municípios, que participaram da videoconferência organizada pela Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (AMAMS), na tarde dessa terça-feira (26 de maio). A proposta é que as eleições sejam adiadas para 2022, seguindo a Carta Nacional dos Municípios, agora apoiada pelo Norte de Minas.
Na abertura dos trabalhos, o presidente da AMAMS, Lara Batista Cordeiro, prefeito de Ibiaí, mostrou que tomou a iniciativa de fazer essa videoconferência para saber o posicionamento dos prefeitos do Norte de Minas e encaminhar essa posição, mas que é preciso reconhecer quer a situação provocada pela pandemia do coronavírus e ainda os diversos problemas enfrentados pelos municípios nos últimos anos.
O presidente da AMM, Jilvan Lacerda mostrou que é impossível adiar as eleições para dia 6 de dezembro, como propõe a PEC que está tramitando e se desejarem essa proposta, que seja mantida a data de 4 de outubro, pois o interessante é marcar para 2022. Porém reconhece que os deputados federais e senadores não tem interesse em adiar para 2022, por vários interesses.
O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Glademir Aroldi ressaltou que não há qualquer condição de fazer as eleições nesse ano, pois existe o risco de ampliar a pandemia para a população e lembrou que somente os mesários são 2.000.000 de pessoas para trabalharem. Lembrou que o Brasil está ainda na primeira onda da pandemia, enquanto a Europa estima que serão três ondas e elas virão com mais força e impactos. Por isso, sugeriu aos prefeitos e vereadores acionarem os seus deputados e senadores para adiar as eleições para 2022.
O prefeito José Raul Reis, de Lagoa dos Patos, mostrou a situação da pandemia e alertou que o quadro é complicado. Célio Santana, prefeito de Buenópolis, propôs que buscasse a adesão dos deputados e senadores, adiando a eleição dos prefeitos para 2022 e para os deputados em 2024. O prefeito Norberto Marcelino, de Claro dos Poções, alertou que o coronavírus está ainda em evolução e dificilmente haverá condições de fazer eleições nesse ano. O vereador Daniel Dias, presidente da Associação dos Vereadores da Área Mineira da Sudene reforçou os argumentos, pois entende que a doença ainda não chegou ao seu pico no Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha.
O prefeito Marco Antonio Andrade, de Ubaí, alertou que vão questionar que a eleição é uma clausula pétrea na Constituição Federal, mas antecipa que é impossível ser marcada para o dia 6 de dezembro, por vários aspectos. O prefeito João Manoel Ribeiro, de Itacambira, também lamenta que os deputados e senadores não estejam favorável a proposta de adiar para 2022. Sebastião Carlos Medeiros, prefeito de Pedras de Maria da Cruz, lembrou que o cenário não permite pensar em fazer as eleições como propõe a PEC e por isso, defende o adiamento.
Fonte: Ascom da AMAMS