Cerca de 80 motoristas de vans escolares de Montes Claros realizaram, na manhã desta quarta-feira (29 de abril), uma manifestação em frente à Praça dos Jatobás. A revindicação é pela falta de auxílio do governo e pedem apoio do município no período de pandemia do coronavírus. Ao todo, 180 famílias foram afetadas com as medidas.
Segundo o presidente da Cooperativa de Transporte Escolar e Fretamento, a orientação dada é para que os clientes pudessem cancelar os contratos, porém, os condutores ficaram sem suporte financeiro. “Estamos querendo apoio do município e do estado porque os bancos continuam nos cobrando, mas não estamos trabalhando no momento. O próprio Procon concordou com a decisão de a maioria dos clientes finalizar o contrato, que ficava a critério do cliente. Nosso rendimento caiu, as prestações continuam”, disse.
O também presidente, Eldan Geraldo Soares, com 25 anos no ramo, informou que o protesto é a nível municipal, mas poderá ganhar força no âmbito estadual, caso o problema não seja solucionado. Lembra, ainda, que alguns motoristas não têm direito ou não receberam auxílio emergencial de R$ 600 ofertado pelo Governo Federal.
“Estamos reivindicando sobre as parcelas que muitos motoristas ainda pagam pelo financiamento e não tiveram prorrogação ou não têm meios para quitar. A nossa renda mensal foi achatada. Aqueles que tinham a renda com o transporte escolar não tem mais. Estamos sentido na pele e as contas continuam chegando. É um grito de socorro para que abram uma linha crédito para a classe, que está desamparada”, cobrou.
Por meio de nota, a Prefeitura de Montes Claros disse que entende a dificuldade desses profissionais, e explica que a cobrança do ISS do Simples Nacional foi adiada em seis meses, sendo que a apuração de março vencerá só em 20 de outubro. Com relação ao CGO, a MCTrans informou que esses valores já foram recolhidos no início deste ano.