Polícia Civil conclui inquérito que apurou crime de tortura de mãe que agrediu a filha em Montes Claros

A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu nesta segunda-feira (27 de abril), o inquérito policial que apurou crime de tortura de uma mulher de 25 anos que agrediu a filha com requintes de crueldade em Montes Claros, no Norte de Minas. As investigações do ex-companheiro da suspeita, por crime de extorsão, também foram finalizadas.

A mulher foi presa do dia 13 de abril após ser filmada pelo ex-companheiro quando agredia a filha. Pelas imagens é possível perceber que a autora teria usado um fio de extensão para agredir a criança, além de dar tapas no rosto e socos na cabeça da vítima. A criança sofreu lesões na boca, no tórax e nas pernas. Com o vídeo, a Polícia Civil prendeu a mulher, em flagrante, por crime de tortura. O ex-companheiro dela também foi preso, já que usou o vídeo para forçar uma reconciliação e deixou de socorrer a criança. Ele foi autuado por extorsão e tortura.

A investigação

O levantamento da Polícia Civil revela que o casal estava separado há cerca de um ano e havia medida protetiva para a mãe, entretanto o suspeito confessou à Polícia Civil que foi até a casa da suspeita para levar leite para os dois filhos deles, quando  presenciou as agressões e filmou. Alegou, ainda, que a criança pegou preservativos da mãe para brincar, por isso, ela agrediu a filha. Ainda segundo a Polícia Civil, o homem relatou que pediu para mãe parar, mas, não socorreu a vítima porque a menina não é filha dele. Ainda segundo as investigações o homem possuía registros policiais por ameaça e crime de trânsito.

Em suas declarações a mulher disse que apenas corrigiu a filha; que a criança havia pegado dinheiro escondido e afirmou que foi a primeira vez que bateu na criança com quem tem relação de afeto. O fio de extensão, usado nas agressões, foi apreendido.

De acordo com a Delegada Mônica Brandi, os elementos de comprovação de autoria e materialidade são inquestionáveis e por isso concluiu pelo indiciamento dos suspeitos. A criança passou por avaliação psicológica e psiquiatra e está sob os cuidados de uma tia materna; ela segue sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar.