Máscaras de enfrentamento ao coronavírus estão sendo fabricadas pelo Grupo Ser(tão), que busca reunir interessados em ajudar no combate ao Covid-19. O IFNMG-Campus Montes Claros arregaçou mais uma vez as mangas para ajudar nessa empreitada. O professor e servidor Wagner Leite, bacharel em Física e doutor em Engenharia Nuclear, e o professor e servidor Douglas Teixeira, que é engenheiro eletricista e doutor em Engenharia Elétrica, estão fazendo os suportes das máscaras em um impressora 3D, que fica no “Markerspace”, um laboratório de criação do Campus Montes Claros.
Eles explicam que as máscaras não são aquelas de tecido, aquelas cirúrgicas, e sim modelos que comportam uma viseira, um suporte e um elástico para ser ajustado à cabeça do profissional. “Nós produzimos os suportes, juntamente com outros membros do projeto Ser (tão) espalhados pela cidade. Os itens são coletados por uma equipe logística, e os componentes viseira, suportes e elástico são acoplados por outra equipe. O grupo Ser(tão) tem conseguido produzir cerca de cem máscaras, diariamente; no entanto, a meta é triplicar esse número”, explica o professor Wagner Leite.
O Campus Montes Claros já começou a produzir os suportes desde essa quinta-feira, dia 26. O material que o IFNMG dispõe, que são os rolos de filamento, é suficiente para produzir em torno de 140 máscaras. Contudo, o diretor-geral do Campus Montes Claros, Renato Cota, está atuando para conseguir materiais, a fim de produzir mais máscaras e, até mesmo, produzir todas as etapas de fabricação no próprio IFNMG.
Para Renato Cota, o IFNMG, como Instituição Pública de Educação, Ciência e Tecnologia tem que ter a responsabilidade e o comprometimento social de empregar todo o conhecimento, ciência e tecnologia que tem a serviço do bem comum e do desenvolvimento da cidade e região.
“Isso vale para momentos de paz e normalidade e para momentos de dificuldade e de guerra. Não podemos nos furtar, escondendo-nos em nossas casas, de entregar à sociedade o que temos de melhor e contribuir para que os impactos dessa pandemia sejam minorados e nossa vida volte à normalidade o quanto antes, preservando as vidas e contribuindo para a geração de empregos e renda”, afirma o diretor.
Entendendo um pouco o processo
De acordo com o servidor Wagner Leite, o Grupo Ser(tão) opera em 3 frentes paralelas: disponibilização de ventiladores de respiração para a rede de hospitais e Samu; fabricação de componente, peças e EPIs; e instrumentação e controle de ventiladores respiratórios obsoletos.
“Permeado por uma cadeia logística e de produção, o grupo tem trabalhando com os estoques dos integrantes e buscado colaborações para adquirir materiais de consumo para estender a produção. Subgrupos específicos produzem, recolhem, executam a montagem e padronização dos kits e realizam a destinação seguindo uma priorização”, esclarece o servidor.
Wagner Leite destaca que a fabricação das máscaras, essencialmente, ocorre em três etapas, sendo elas: impressão de suportes; corte em lâminas de acetato (para a viseira); e acoplamento de componentes. Em termos de equipamentos e insumos, são necessários cortadora a laser, lâminas de acetato, impressora 3D e filamentos para impressora. “O desenho do corte é feito em cad, com a geometria apropriada para o acoplamento”, informa.
A impressão dos suportes é lenta. Por isso, os professores no IFNMG estão produzindo de quatro a seis suportes por dia. Enquanto isso, o IFNMG se prepara para pensar em outras ações: “já montamos, inclusive, uma planilha de itens para que possamos contribuir mais intensamente na investida contra o Covid-19”, diz o professor.
Veja fotos dos suportes que estão sendo produzidos no IFNMG-Campus Montes Claros:
Fonte: IFNMG-Campus Montes Claros