O número de atendimentos à pacientes em parada cardiorrespiratória aumentou 14% entre os anos de 2017 e 2019, na macrorregião do Norte de Minas. Os dados são do Setor de Estatística do Cisrun/Samu Macro Norte.
De acordo com o levantamento, a média mensal em 2017 foi de 89 assistências, subindo para 91 nos 12 meses seguintes e 101 ano passado. No geral, a pesquisa apontou ainda que durante os anos, respectivamente, tiveram 1.063, 1.088 e 1.211 casos.
O Hospital Santa Casa de Montes Claros, por exemplo, passou de 1.027 (2018) para 1.046 (2019) a quantidade de pacientes protocolados com dor torácica. Uma vez examinados, os enfermos são atendidos para verificar se há relação com problemas no coração. No entanto, poderá ocorrer o descarte ou até mesmo investigação de possíveis patologias.
Casos
Dois casos foram notificados no início deste ano, com duas mortes. Ambas crianças foram socorridas, mas não resistiram e morreram.
No mês de janeiro, um bebê de um ano morreu engasgado com pirulito, em Montes Claros. À época, o bebê chegou a dar entrada no hospital Santa Casa, em estado gravíssimo, e respirava com a ajuda de aparelhos. Ele foi submetido à uma broncoscopia para retirada do corpo estranho, sendo necessário a realização de traqueostomia.
Após o procedimento, a criança se manteve em estado gravíssimo e com sinais de choque. Sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu às manobras de ressuscitação.
Em Bocaiuva, uma criança de três anos morreu após ter complicações semelhantes. Vitória Gabriele dos Santos passou mal, foi socorrida por familiares e levada para o Hospital Doutor Gil Alves. A suspeita é que ela tenha se engasgado. Ela também não resistiu.
Orientações
Rosane Cardoso Ferreira é cardiologista e conta que em casos semelhantes ao da criança engasgada com o pirulito, não é o que provoca a parada, mas o fato de engasgar com qualquer alimento de modo que obstrua as vias aéreas. Ela reforça alguns cuidados a serem tomados.
“Diante de uma pessoa inconsciente que tenha um desmaio a nossa frente, a primeira coisa a se fazer é chamar a pessoa para ver se responde. Caso não responda, checamos se a pessoa está respirando e se tem pulso, que pode ser pela palpação no pescoço ou mesmo colocando a ouvido no tórax da pessoa”, explica.
Ainda segundo a médica se a vítima não apresentar respiração ou pulso é necessário chamar por ajuda, sendo Samu ou Bombeiros e, depois, iniciar a massagem cardíaca. Dessa forma, são realizadas 30 compressões para duas ventilações.
“Em locais públicos, como shopping, estações metrô, aeroportos e rodoviárias geralmente dispõem de desfibrilador que deve ser levado até o paciente no momento em que se pede por ajuda. Geralmente esses dispositivos presentes nesses locais são autoexplicativos”, finaliza.
Para prevenção
Como forma de prevenção, Rosane Cardoso destaca que exste alguns cuidados que as pessoas podem ter a fim de diminuir os fatores de risco para um ataque cardíaco são: Controlar fatores de risco: obesidade , tabagismo, hipertensão arterial e diabetes; ter alimentação saudável, evitando excesso de frituras, açúcar e sal; além de realizar a prática de atividade física regular após avaliação com cardiologista.
**Escrita pelo repórter Gian Marlon