Familiares de Carolina Pereira Almeida, de 33 anos, que morreu nessa terça-feira (14 de janeiro), em Montes Claros, no Norte de Minas, acusam o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de recusa de atendimento.
De acordo com as informações passadas pela Polícia Militar, familiares teriam acionado o Samu às 8h40 da manhã, informando que a Carolina estava reclamando de dores no peito, e que a mesma possuía o histórico de problemas cardíacos.
Segundo a PM, o marido da Caroline, Jhony Hermínio da Silva Santos, de 36 anos, disse que no momento da ligação para o Samu, a esposa gritava e gemia de dores, e que a atendente ouviu e informou que o caso seria um surto psicótico e que o atendimento só poderia ser realizado com a presença da PM.
Ainda de acordo com o Boletim de Ocorrência, o marido teria dito que tentou ligar novamente para o Samu, mas que a mulher começou a piorar e a se debater, devido a isso abandonaram a ligação e decidiram levar Carolina ao hospital por conta própria, com a ajuda de um vizinho.
Ao chegar no Hospital Dr. Alpheu Gonçalves de Quadros, o médico que realizou o atendimento identificou que a mesma já estava sem os batimentos cardíacos e sem pulsação. Foram realizados as técnicas de reanimação, mas a paciente não reagiu, vindo a óbito. A perícia esteve no local e liberou o corpo para uma funerária.
Segundo a PM, o médico que atendeu a ocorrência, informou ainda que a vítima apresentava hematomas (um corte) na nuca, e devido a isso não foi possível emitir o atestado de óbito. Durante o registro policial, a família disse que a vítima teria os hematomas devido a queda que sofreu durante o mal-estar e batido a cabeça no guarda-roupas.
Por nota, o Hospital informou que será necessário aguardar o laudo do IML para apontar a causa da morte.
O que diz o Samu
O Samu Macro Norte comunicou por nota, que o órgão foi acionado para atender um chamado em que o solicitante informava que uma mulher havia entrado em surto no Bairro Nossa Senhora de Fátima, na manhã dessa terça-feira (14).
Conforme as informações passadas pelo requerente, a Regulação Médica seguiu os protocolos do serviço de urgência e emergência e informou que devido ao gênero da ocorrência a polícia seria acionada para acompanhar a equipe de socorristas até o local.
Em seguida, uma mulher ligou novamente para o 192, mas a ligação foi abandonada pela mesma. Neste momento, a ambulância já havia sido deslocada e seguia juntamente com a Polícia Militar para a ocorrência. Quando as equipes chegaram ao local, o serviço foi dispensado por uma pessoa que se encontrava na residência do solicitante, informando não precisar mais do atendimento.
A instituição ainda destacou, que o serviço prestados por eles possui protocolo para determinadas ocorrências, como as de surto psicótico, que são necessárias o apoio da polícia prezando pela integridade física do paciente e da equipe.