Embora seja uma data de origem americana, a Black Friday tem sido sucesso no Brasil, apesar da crise dos últimos anos. O comércio sempre dá uma aquecida neste período, já que os consumidores aguardam a data para aproveitarem as diversas promoções.
Segundo a Câmara de Dirigentes e Lojistas (CDL), 36% dos lojistas do estado, que pretendem participar da ação, têm como objetivo aumentar o fluxo de clientes e proporcionando um bom preço ao consumidor, consequentemente aumentando os números de vendas.
Carol Figueiredo é gerente de uma loja de imóveis em Montes Claros, e segundo ela, a ação da Black Friday do ano passado foi bem produtiva com relação aos outros meses do ano, e que para este ano de 2019 as expectativas de boas vendas são melhores.
“Intensificamos nossas divulgações nas redes sociais e colocamos em promoção outros móveis que, geralmente, não são vendidos com valores mais baixos. No Black Week deste ano, toda loja está com descontos de até 50% e dividido em até 10 vezes sem juros. Dependendo do valor da compra, parcelamos em até 12 vezes sem juros. São maneiras que só nesta época do ano conseguimos oferecer par o consumidor”, diz a gerente.
Ainda segundo a CDL, em 2018, cerca de 36% das empresas do comércio varejista do Estado realizou ações para a Black Friday; para 27% dessas empresas os descontos oferecidos ultrapassaram 50%. O órgão ainda destaca que neste ano, 36% das empresas já planejaram suas ações; 15% oferecerão descontos superiores a 50% e, cerca de 24% espera um impacto no volume de vendas superior à 25%.
Cuidados na hora da compra
Segundo a advogada Jéssica Moneray Teixeira, para aproveitar a Black Friday sem dor de cabeça é necessário que se tome alguns cuidados, como observar que todo benefício tem um custo e, portanto, é preciso desconfiar de ofertas muito generosas.
O cuidado deve ser maior ainda em casos de compras online, ela alerta que é preciso observar se a loja on-line informa, em local visível, o número de CNPJ, endereço físico e número de telefone; verificar também a avaliação de clientes nos sites de compra torna-se uma ótima dica para saber o nível de comprometimento do lojista com o cliente.
“Analisar as descrições minuciosamente, pode fazer toda a diferença, assim você consegue evitar decepções. Alertamos que não faça compras por wi-fi público, pois o estabelecimento pode não ter os recursos adequados de segurança. As precauções são necessárias porque hackers, muitas vezes, roubam dados ou enviam vírus por meio dessas lojas virtuais”, destaca.
A advogada ainda ressalta, que nas compras em que o pagamento é realizado via boleto os riscos de golpes são maiores. “Existem risco em compras feitas via boleto pela internet, pois em muitos casos, por meio de um vírus instalado no computador do cliente, o criminoso consegue alterar os dados digitáveis de um boleto bancário fazendo com que a quantia seja transferida para outra conta. Assim, o boleto original nunca foi pago, o consumidor acha que realizou o pagamento, mas não recebe o produto”, alerta a advogada.
Jéssica Moneray ainda esclarece que em relação a desistência da compra, o consumidor terá um prazo de sete dias, a partir da aquisição ou recebimento da compra, mas a regra só vale para produtos adquiridos fora do estabelecimento comercial.
*Estagiária Marry Cabral, supervisionado pela editora.