A mobilização para conseguir a certificação do Queijo Minas Artesanal (QMA) produzido no Norte de Minas começou há mais de dois anos. Foram muitas reuniões ao longo desse tempo, com o objetivo principal de identificar os produtores interessados em QMA.
A iniciativa, que surgiu de uma parceria entre o Sindicato Rural de Montes Claros, Emater-MG, Sociedade Rural e Instituto Mineiro de Agropecuária, colheu os primeiros frutos na 45ª edição da Expomontes, em 2019, com a instalação do Pavilhão do Queijo. Os produtos fizeram sucesso, e o projeto se expandiu.
Agora com o apoio da Codevasf, Ministério de Agricultura e a presença de representantes municipais, foi criado o Comitê do Queijo Artesanal. O objetivo é traçar ações que culminem na caracterização do produto norte-mineiro.
De acordo com o diretor do Sindicato Rural de Montes Claros Marcelo Brant, a presença da entidade é fundamental para assegurar a segurança dos produtores rurais. “Precisamos garantir que o produtor não invista seu tempo e dinheiro em empreendimentos que poderão não trazer lucros”, afirma.
Segundo Marcelo, é preciso que o escopo do projeto seja bem definido, e haja um planejamento sólido. “Nossa principal preocupação é trabalhar dentro do que a legislação permite, implementar boas práticas e garantir um produto seguro, saboroso e com valor de mercado”, diz.
Na última terça-feira, 20 de agosto, foi realizada a segunda reunião para formação do Comitê. Durante o encontro, entre os presentes, estavam gerentes ou representantes de cinco escritórios regionais da Emater-MG, bem como o diretor técnico da entidade, Feliciano Nogueira. Fiscais do IMA e produtores de queijo da região também compareceram e irão integrar o comitê, além do apoio fundamental das universidades presentes no Norte de Minas.
Durante o encontro foram formados grupos de trabalho que irão apresentar, nos próximos 60 dias, projetos com a estratégia e custos da ação. Além disso, o Comitê deve promover, em 2020, um evento voltado para o fortalecimento do queijo artesanal do Norte de Minas.
“É preciso unir forças para alcançar nossos objetivos, e acredito que este grupo vai facilitar a articulação política e financeira para fomentar a nossa produção”, finaliza Marcelo.