Agosto é dedicado à luta em nível nacional pela população em situação de rua, uma forma de sensibilizar a sociedade civil, gestores de políticas públicas e movimentos em favor dos direitos humanos e sociais para ações de mudanças desta realidade. Em Montes Claros, as discussões envolvem também os profissionais da Unimontes, que realizam no próximo dia 21, o I Seminário “Pessoas em Situação de Rua, Direitos Humanos e Saúde Mental”.
Será no auditório “Professor Robson Vieira Porto”, do Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF/Unimontes), de 19 às 22 horas, com participação gratuita e aberta para professores, acadêmicos, mestrandos, doutorandos, servidores, pesquisadores e trabalhadores de políticas públicas dos municípios e das redes estadual e federal.
O objetivo é disseminar boas práticas, apresentar resultados de estudos e pesquisas em andamento e parcerias em curso que desenvolvem cuidados com as pessoas em situação de rua.
Quem participa
Os debates serão conduzidos por três convidados: Greisson Murlone Lopez dos Reis, coordenador do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua de Montes Claros (POP/SUAS); Maria Clerismar dos Santos, referência técnica da equipe do projeto “Consultório na Rua”; e Oziel Bastos de Amorim, promotor de Justiça de Direitos Humanos.
O seminário é organizado pelo programa de extensão “Laços: Psicanálise, subjetividades contemporâneas e laço social”, em parceria com o grupo de pesquisa CNPq em “Saúde Mental, Álcool, Crack e Outras Drogas” e com os programas de Pós- Graduação em Ciências da Saúde e de Residência Multiprofissional de Saúde Mental (HUCF).
Uma das coordenadoras das atividades, a professora Rosângela Silveira lembra que em todo o Brasil, em agosto, haverá diversas manifestações que buscam chamar a atenção para o grupo de moradores de rua, que têm o dia 19/8 como a data dedicada à causa – em memória da chacina da Praça da Sé, em 2004, quando seis pessoas foram assassinadas em São Paulo após um ataque enquanto dormiam.
Caso local – “A violência e a barbárie fazem parte do cotidiano dessas pessoas que, diante da vulnerabilidade, veem suas vidas sendo cada vez mais ameaçadas. Em Montes Claros, recentemente, uma pessoa em situação de rua foi incendiada e ainda se encontra na Santa Casa, em meio a dor e várias e contínuas cirurgias”, explica a professora. “A Unimontes, em sintonia com a realidade social de seu entorno, tem desenvolvido várias parcerias e ações de ensino, pesquisa e extensão voltadas para esse grupo populacional”, completa