A secretaria municipal de saúde de Januária iniciou processo de capacitação dos profissionais da área da saúde para linguagem de sinais, o libras. As oficinas têm acontecido em tempo integral no auditório do Centro Estadual de Atenção Especializada (CEAE), antigo Viva Vida.
De acordo com a secretaria de saúde, o objetivo da ação é promover acessibilidade, ofertando melhorias do acesso aos serviços públicos para a população, inclusive àquelas com necessidades especiais. O público-alvo foram os profissionais da Saúde do próprio CEAE e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF).
Segundo o secretário de saúde da cidade, Deyvison Diaz, a administração tem procurado articular junto às diversas instituições parceiras oportunidades para que o atendimento aos usuários do sistema, sejam feitos da melhor maneira possível. Toda forma de comunicação deve ser aprendida e considerada importante para que o profissional de saúde possa ofertar um atendimento digno e de qualidade a população.
Lei 10.436
Os grupos vulneráveis, no Brasil, ainda sofrem impedimentos para terem acesso a serviços básicos fornecidos pela sociedade. Entre estes se destaca o atendimento em saúde, que se torna mais precário para indivíduos pertencentes a tais grupos. Entre estes grupos, os surdos, por muitas vezes, não são atendidos da maneira correta e até mesmo são, em alguns casos, desrespeitados em sua condição, pois os serviços de saúde não possuem profissionais capacitados para um atendimento de excelência a eles.
Desde abril de 2002 a Lei 10.436 dispõe sobre a língua de sinais, o Libras em seu Art. 2o determina que “Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais – Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil”.
Por: Ricardo Soares
