Uma equipe liderada por Stephen Withers, um biólogo químico da Universidade da Columbia Britânica (UBC) em Vancouver, no Canadá, conseguiu transformar o sangue tipo A – segundo mais comum -, em um doador “universal”, ou seja, qualquer pessoa que possui outro tipo sanguíneo pode receber transfusão sem nenhum risco à saúde. O estudo foi publicado na Science.
O grupo de tipos de sanguíneo são: A, B, AB ou O. Quando um paciente tipo A doa para um paciente tipo B, por exemplo, os antígenos do sangue fazem com que o sistema imunológico mate os glóbulos vermelhos.
Por outro lado, as células do tipo O precisam desses antígenos e isso ajuda na transfusão de sangue para todos os outros tipos, tornando-se assim universal. Por isso que a descoberta pode ser um grande avanço.
O estudo foi realizado com objetivo de aumentar o suprimento de sangue universal. Para isso, os cientistas tentaram transformar o tipo A, “removendo seus antígenos definidores”. Mas não tiveram 100% de sucesso, porque as enzimas conhecidas capazes de remover os glóbulos vermelhos dos açúcares ofensivos não são suficientes para trabalhar de forma econômica.
Após 4 anos de tentativas para melhorar essas enzimas, os pesquisadores decidiram procurar uma melhora entre as bactérias intestinais humanas. Isso porque, alguns desses micróbios se prendem à parede do intestino, e se alimentam dos combos de açúcar e proteína chamados mucinas que o revestem. Os açúcares das mucinas são parecidos com os que definem os tipos dos glóbulos vermelhos.
De acordo com a pesquisa, em seguida, os cientistas isolaram os genes específicos que codificam duas enzimas bacterianas capazes de remover os principais componentes do antígeno A. Desta forma, foi possível alcançar um resultado positivo.
Doação de sangue
Doar sangue é um processo fácil, rápido, seguro e solidário. A doação de sangue ocorre quando uma pessoa voluntariamente vai a um centro especializado e disponibiliza seu sangue para ser usado em transfusões ou outras situações clínicas.
No Brasil são coletadas 3,7 milhões de bolsas por ano, o que corresponde ao índice de 1,8%. Na Europa e Estados Unidos, esse percentual é de 5% a 7%. Contudo, o Ministério da Saúde tem investido em diversas ações para aumentar as taxas de doação.
Fonte: Redação Minhavida.